Sergio, do Greg Barker, é a adaptação do documentário de 2009 (também do Greg), que aliás tem o mesmo nome serviu de base para o filme.
A boa atuação do Wagner Moura é usada para contar a história do diplomata da ONU Sergio Vieira de Mello.
Além disso nos temos um desenrolar fenomenal do Wagner com a Ana de Armas, já que os dois tem uma química excelente. Quando a notícia de Sérgio saiu me assustou, já que o filme A Última Coisa Que Ele Queria, com a Anne Hathway foi terrível, e os dois filmes foram baseados em fatos reais, eu presumi que seria ruim, mas ele até que se sustentou bem.
No filme vemos a história do diplomata da ONU Sérgio Vieira de Mello (Wagner), entrelaçando a vida e as realizações, respeito quem ele era e mostrando muito da sua humanidade, dentro e fora do trabalho. Ambientado em 2003, vemos o Sérgio que está chegando ao Iraque para uma atividade diplomata. Ele é nomeado como representante especial do secretário-geral da ONU, para passar uma menagem sobre democracia. Mas um ataque terrorista atinge a sede da ONU e deixa o Sérgio preso sob os escombros.
Enfim, entramos em um romance com a colega de trabalho Carolina Larriera (Armas), que serve como um estopim para a melhor e maior parte do filme. Os dois tem uma química intensa, e a catástrofe fica de lado, quando o romance entra em ação para se tornar o tema central da trama. O legal é que mesmo que eles mostrem essa face mais complacente do Sérgio, eles também conseguem apresentar a ausência que o Sérgio tinha com a família!
O romance entre Wagner e Armas é orgânico.
O roteiro do Craig Barton (Clube de Compra Dallas), posiciona o trabalho do Sergio no Iraque e conta a história da mulher que ele estava se apaixonando. A forma que o filme conta as coisa sobre a vida do Sérgio as vezes pode trazer uma sensação de confusão ao espectador, já que o filme tem muitos vai e voltas temporais. Entretanto acho que foi a forma mais plausível para entrelaçar os momentos marcantes do Sérgio, foi colocando flashbacks mais emocionais.
O Wagner Moura, tem uma tendência a entrar em projetos que ele viva pessoas reais e ele funciona bem em transpor o caráter do personagem com naturalidade. Tudo bem que o final não foi minha coisa favorita do filme, mas ele não foi tão ruim quanto eu imaginava, e ver um brasileiro vivendo um brasileiro foi bom! Ainda mais em um filme intencional da Netflix.