Uma sitcom assim como todas as outras, não surpreendeu, mas ainda assim é divertida.
Com uma pegada semelhante a Black.ish, Reunião em Família, segue em uma pagada juvenil beirando ao infantil, porém aborda muitos temas culturais e políticos, sempre dedicando os episódios a uma figura importante da história.
Recentemente uma das melhores comédias, da Netflix, sofreu um cancelamento repentino – você deve saber que estou falando de One Day At a Time – porém ela encontrou uma nova casa no canal POP, e isso deixou os fãs da série bem aliviados, o remake latinex aborda muitos conceitos em suas linhas de roteiro, e sabe mesclar muito bem o tema famíliar sem ser infantil, e isso e uma coisa que não encontrei aqui no Reunião de Família.
Antes não estávamos acostumados a ver sitcoms abordando tantos temas, sociais e políticos, porém recentemente nós só recebemos série com essa mesma temática e isso já está saturando os espectadores, a recém chegada Professor Iglesias chegou com o mesmo tom de critica social, e não foi tão falada pelo público e passou batida.
Reunião de Família segue os McKellans, uma família negra que se muda de Seattle para a Geórgia, mais precisamente para a casa dos pais, de Moz (Anthony Alabi), o patriarca da família e ex-jogador de futebol que quer passar um tempo com sua família e curtir uma tranquila com sua esposa Cocoa (Tia Mowry-Hardrict) e seus filhos na cidade onde ele cresceu.
O conflito geracional, é o palco para muitas discussões e momentos de introspecção do espectador, e Ma’Dear (Loretta Devine), a mãe de Moz é a que mais implica em mostrar seus métodos tradicionais, para essa família metropolitana, que agora tem que seguir as regras do interior.
Mesmo que a série tente introduzir as questões política e sociais, ela não ousa em jogar isso na cara, na maioria das vezes os conflitos são mostrados por contextos fúteis, como uma briga entre usar ou não uma blusa que mostra o braço – a série queriam talvez fazer um paralelo com Rosa Parks, mas não rolou – os escritores claramente estavam tentando pegar a onde da popular Black.ish, mas não conseguiu pegar a essência, todos os episódios parecem reusos de outras siticoms, como um episódio que tivemos um whodunit, outro que tivemos um demostrativo de punição física, até mesmo a viagem em família que deu totalmente errado e um concurso de beleza.
A personagem mais real, e que mais transpõe suas emoções, e podem até fazer você soltar uma risada, é a Jade (Talia Jackson), ela nem parece um membro daquela, família, e sua burrice é um ponto forte, pois ela é uma garota da cidade que cai totalmente em um mundo diferente. Ela é uma garota que assistiu Pantera Negra, e seguiu o hype dos filmes da Marvel, mas não sabia sobre Huey Newton, o co-fundador do Pantera negra. Ela é autêntica e Jackson é um dos motivos pra isso.
Bom, Não sei se eu sou uma pessoa certa para falar aqui, mas reunião de família me chamou muito atenção assim que eu vi o trailer na NETFLIX. De cara já achei muito engraçado pela parte que a Jade pergunta a senha do WIFI, e o avô dela diz que não tem wifi, e ela pergunta se é tudo junto? RI muito…. Parei de ver oque tava assistindo e terminei essa temporada toda em um dia, e só posso dizer que amei. Principalmente quando eles passam uma mensagem no final de cada pessoa que fez historia e jamais serão esquecidas. O Ultimo episodio da 1 temporada, eu sinceramente chorei pois, podemos ver uma realidade que acontece todos os dias e sempre a maioria das vezes com pessoas NEGRAS. A minha vontade era de esmurrar aquele policial pelo que ele fez com as crianças, sei que era apenas um ator e estava fazendo seu papel, mas veio uma raiva tão grande pois realmente é uma coisa que sempre esta acontecendo, ou pior. Pra mim a seria passa muitas historias e situações diferentes. Eu realmente gostei muito e espero que não acabe por aqui e que a segunda temporada venha com muito mais historias contadas pela Ma’Dear.
Excelente sua opinião Victor! Acho que todos tem que se expressar, e mostrar o que realmente gostou. Eu curti a série, mas ela é bem comum, e isso me deixou um pouco incomodado.
A série é infantil, tem uma pegada meio Disney e pouca profundidade nos personagens. Com certeza ela não foi idealizada para jovens e adultos que procuram criticidade e informações à respeito de um assunto, e sim, através de “futilidades” mostrar ao público infantil soluções para os problemas que talvez elas encontrem por aí. A série não é ruim por ser boba, só não é adequada para o seu aprimoramento moral.
Sim, concordo em partes. Meu irmão de 13 anos assistiu, e se divertiu. Mas a realidade é que essa série, é bem comum, e a única coisa que inova em alguns momentos é a forma que ela traz os negros que fizeram a diferença, a cada final de episódio.
A série é engraçada e divertida. Mas o que me incomoda é em como conseguem criticar tanto o cristianismo e se esquecem (ou fingem que não vêem) o quanto existem religiões extremistas (como o islamismo) com pegada moralista ainda maior (como o fato de as mulheres terem que usarem burcas, não serem reconhecidas como importantes) e que consideram que todos que não são mulçumanos e que não servem a Alá devem morrer. Isso não é criticado, não vira piada, não recebe gozações… Chega a ser ridículo! As críticas são todas ao cristianismo e nenhuma a nenhuma outra religião! Eu não vou nem entrar no mérito das críticas sobre outras temáticas sociais que há na série, mas sério: ficou maçante.