Baseado no livro All The Bright Places (Por Lugares Incríveis), esse filme aborda a adolescência com cuidado e perseverança.
O livro desenvolve com delicadeza como você cai pelo seu primeiro amor, mas também aborda o quão dolorosa pode ser a perda depois de alguns meses. Também explora a dificuldade da adolescência e como é fácil dar tudo de si a alguém e depois perder tudo isso.
Acompanhamos a história da Violet e Finch que se encontram no topo da torre do sino quando ambos estão pensando em suicídio. Violet está aceitando uma tragédia do passado e Finch está lutando com sua saúde mental. Mas uma coisa salva eles da morte certa, o amor que eles tem um pelo outro. Os personagens gostam de pensar que podem salvar um ao outro; esse amor encobre toda a sua dor e, se ambos colocam tudo um no outro, podem salvar o outro. Eles são tão jovens e suas vidas tão complicadas, mas eles tentam esse relacionamento por causa de um trabalho da escola que faz com que eles se tornem uma dupla. O amor é a única coisa que sustenta a vida um do outro, e eles tentam a todo momento se manterem estáveis para apoiar esse amo.
O filme se adapta bem a obra da Jennifer Niven , e expressa tudo que era necessário para as telas.
Os amantes de romance vão adorar essa história, mas ela tem que ser assistida com cautela, já que os assuntos abordados são fortemente explícitos. O Theodore (Justice Smith), é um garoto preguiçoso que gosta de literatura e é conhecido como Finch. Ele encontra a Violet (Elle Fanning) no parapeito de uma ponte. Ele fala com ela, e dias depois pede que ela seja sua colega no trabalho da escola, onde eles vão visitar locais especiais na Indiana.
Violet é relutante, no entanto. Sua irmã morreu meses antes em um acidente de carro, deixando Violet em um estado de paralisia emocional e social. Finch é um cara gentil que está determinado a tirar ela dessa hipnose. Os dois gradualmente começam a se gostar, e o amor entre os dois começa a surgir.
O diretor Brett Haley segue a linha mais triste que ele conseguiu encontrar. Ele aborda muitas questões modernas dos adolescentes, como depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, e isso consequentemente faz você sofrer juntos com o Smith e a Fanning. Por Lugares Incríveis as vezes sofre pela falta de ritmo, mesmo com os dramas bem abordados, algumas partes do filme são um pouco lentas.
Smith é um talento especialmente emocionante, ele consegue encorpar o roteiro e entrar inteiramente no personagem. Fanning também, ela é uma atriz com muitos sentimentos, e usa-los nesse filme não foi uma tarefa difícil pra ela.
Fiquei bastante decepcionado com o filme. A edição ficou super apressada em vários momentos e o roteiro mal explorou os temas apresentados.
O transtorno do Finch foi muito pouco aproveitado, sequer fizeram uso das “personalidades” dele na escola, além de alguns pensamentos dele nem serem concluídos como no livro. No livro fica implícito o que ele tem, já no filme fica muito subjetivo.
O terceiro ato encerra de uma forma totalmente abrupta. Creio que o baixo orçamento do filme não tenha colaborado com a produção. Uma pena já que a história de Por Lugares Incríveis, apesar de triste, é linda.
Por ser um filme da Netflix, ele teve limitações! Isso já era de se esperar! Mas ele se encaixou nos parâmetros pra mostrar (mesmo que superficialmente) alguns arcos bem fortes do livro!
Acho que poderiam ter feito um trabalho melhor, tendo em vista outras produções de sucesso da mesma, até mesmo em longas S: