quarta-feira, dezembro 11, 2024
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Critica | Pearl (2022) – Mia Goth brilha nessa origem da vilã de ‘X- A Marca da morte’

A mente humana é assustadora em Pearl o Prequel de X – A Marca da Morte.

Mesmo se você não assistiu X, você pode assistir Pearl já que ela se passa antes de X. Porém recomendo que veja os dois, por que um complementa o outro perfeitamente.

A primeira coisa que eu tenho que dizer é que Pearl é um filme Simples. Mas ao mesmo tempo é um filme mega complexo. Pearl é um filme atual, mesmo que seja ambientado em 1918. Pearl é inteiramente focado em uma única pessoa, mas ao mesmo tempo ele aborda tantas temáticas. Esse é um filme sobre saúde mental, sobre a nossa visão do mundo, sobre a nossa própria idealização de uma vida perfeita, e sobre pessoas tóxicas.

A Mia Goth vive a Pearl com uma excelência tão assustadora, e na trama conhecemos essa sonhadora jovem, que está solitária depois que eu marido foi pra Grande Guerra, e ela vive em uma pequena fazendo e cuida do seu pai idoso e cadeirante, enquanto sua mãe á trata igual uma ninguém, e suas breves escapatórias são os filmes mudos.

Mia Goth explains 'Pearl' ending monologue - Los Angeles Times

Porém todos os dias ela vive o mesmo ciclo cansativo, entediante e maçante. Ela alimenta o gado, alimenta seu jacaré, ela banha seu pai, dá remédio pra ele. A vida dela é uma chatice. O sonho dela era ser uma grande dançarina, porém com essa vida rotineira ela nunca conseguiria. Esse ciclo vicioso que ela chama de vida acaba ganhando um desdobramento mortal em um certo momento.

O Ti West entrega nesse filme um delicioso melodrama, onde o terror é a própria mente humana. Ele cozinha a história dessa personagem, e navega pelas angustias e pelos sonhos dela. Ele nos entrega uma fotografia totalmente colorida que só demonstra a forma otimista que a Pearl vê o mundo a sua volta, e tudo isso contrata bem com a vibe caótica dela. Principalmente por que ela tenta ser uma boa pessoa, mesmo que ela sabia que tem algo de errado com ela.

X' Prequel 'Pearl' Trailer: Mia Goth Co-Wrote and Stars

As ações da Pearl são totalmente impulsivas e emocionais.

Além disso a trilha sonora desse filme consegue exprimir as emoções dessa personagem e vocês vão me achar louco, mas eu senti empatia pela Pearl. Ela era uma garota especial, mas faltou apoio emocional pra ela. Em X eu detestava ela velha, mas aqui eu entendi sua angustia, e sua raiva incontrolável. Claro que eu não a defendo as coisas que ela fez, mas ainda assim, eu passo um paninho. Ai ai quem nunca matou algum no impulso?

Só concluindo, Pearl é um prequel necessário que realmente acrescenta bagagem a essa personagem com diálogos bem escritos e introspectivos, com uma cinematografia esplendorosa, e um terror totalmente colapsado que é diferente de tudo que eu vi esse ano.

Logo mais teremos Maxxinne, que será o terceiro filme dessa franquia do diretor Ti West.

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