Critica | Passageiro Acidental (2021) – Filme da Netflix com dilemas morais no espaço

Passageiro Acidental da Netflix traz um dilema moral onde os personagens podem morrer se não tomarem uma decisão rápido.

Dirigido e idealizado pelo brasileiro Joe Peena, que começou sua carreira como youtuber e hoje tá se aventurando como diretor de cinema, Passageiro Clandestino mostra uma nave tripulada por três pessoas tem o destino pra marte, e a Marina vivida pela Toni Collette, é a capitã da nave dessa nave, enquanto a Zoe vivida pela Anna Kendrick é a médica e o David vivido pelo Daniel Kim, é o biólogo, que cuida de algumas algas.

Essa nave parte da terra, e pouco tempo depois, a Marina percebe um sangue pingando de um painel e descobre que um tem um homem machucado alí dentro! Esse homem é o Michael um engenheiro que acabou ficando preso acidentalmente na nave, e sem querer danificou o aparelho de suporte de vida que converte o dióxido de carbono que eles emitem em oxigênio e sem esse aparelho os tripulantes da nave não terão oxigênio suficiente pra quatro pessoas sobreviveram até a chegada em Marte.

Então os três tripulantes originais acabam enfrentando um dilema moral sobre o Michael ameaçar a vida e a missão deles, e partir dai eles terão que tomar decisões cruciais.

O filme faz com que os personagens pensem muito em uma decisão e faz com que você como espectador esteja no lugar deles, e também pense em uma solução. Você mataria o Michael pra sobreviver? Você procuraria formas de salvar ele? Você faria o que nessa situação ?  O filme questiona isso durante todo o segundo ato, e por mais que o filme seja bem parado inicialmente, ele ganha um folêgo intenso, nos momentos finais, com uma caminhada fora na nave, onde os personagens realizam uma tarefa perigosa que pode colocar suas vidas em risco.

Pra mim a Kendrick é a alma desse filme, e por mais que a voz dela me irrite profundamente, eu adorei o entusiasmo e a empatia dela vivendo a Zoe. Essa personagem não tem medo do espaço e se sente confortável alí, e acaba tendo um arco de heroína assim como a Sandra Bulock teve em gravidade.

Já a Collette depois de fraturar o braço no começo do filme não protagoniza cenas de ação, mas ela tem boas cenas como a chefona que tem que tomar decisões cruciais, e também vemos suas angustias por conta da grande responsabilidade de ser a chefona da nave.

Com somente quatro atores, esse filme funciona muito bem, e não tem mistério, é um filme mais dramático sobre escolhas, e decisões, e como essas escolhas podem definir o futuro dos seres humanos dessa nave.