Critica | Os Irregulares de Baker Street – 1ªTemporada (2021) – Uma boa proposta, mas com uma trama lenta

Os Irregulares de Baker Street é uma série juvenil que vai agradar muito os fãs de série investigativas. Além de agradar os espectadores que adoram o formato de série teen da Netflix.

Na série nós conhecemos uma gangue de rua conhecida como ‘Os Irregulares’, que vivem em um calabouço de Londres. Depois de um caso sobrenatural e misterioso não resolvido pela policia, os irregulares são contratados pelo Doutor Watson pra desvendar esse crime.

A cada nova ameaça os irregulares encontram pistas de que o mundo que conhecemos pode tá ameaçado. Além disso eles não só resolvem crimes, como também fazem revelações chocantes envolvendo o Watson e o Sherlock.

Sinceramente essa série mesmo que tenha um lado teen, com casalzinho, romancezinho, resoluções bobinhas, e piadinhas de adolescentes. Ela ainda consegue ser bem adulta.

Durante a série temos cenas bem sangrentas e expositivas, com olhos arrancados, corpos com partes faltando, uma espécie de frankenstein, uns sacrifícios… muitas coisas sai fora da caixinha de série teen. Então a série sabe fazer uma mistura adequada pra jovens adultos.

Já os personagens são bem complexos, todos eles são excêntricos, e todos tem suas personalidades peculiares.

A Bea é a nossa protagonista, ela é a “uma espécie de bússola para os irregulares”, ela comanda o grupo com pulso firme, mas ao mesmo tempo ela tem seus problemas pessoais, que envolvem seu passado em um lar adotivo. Também envolvem sua irmã Jess, que é mais delicada, e sofre com pesadelos constantes.

A Jess é realmente uma personagem misteriosa, que tem uma conexão com o enredo sobrenatural da série. Ela é super emotiva e ao longo dos episódios você entende mais sobre os medos dela, e sobre os pesadelos constantes que ela enfrenta.

Temos também os dois meninos o Billy e o Spike, eles vivem com a Bea e a Jess. O Billy é o alicerce da Bea, os dois realmente são muito unidos, e o Billy também tem seus problemas envolvendo seu passado com sua família.

Enquanto o Spike se importa muito com a Jess, e ele é o alivio cômico desse grupo, além disso ele também é muito sorrateiro, e sabe invadir casas e conseguir respostas como ninguém.

Dentre todos os personagens o Spike foi o menos desenvolvido, mas isso pode ser concertado em uma nova temporada.

Pra finalizarmos o temos o Leo, um príncipe que acaba se unindo de forma inesperada com os irregulares. Ele não quer ser um príncipe, ele só quer se enturmar e ter amigos de verdade… então ele começa a se meter em enrascada com essa gangue.

E juntando esse cinto temos nosso irregulares, que acabam sendo contratados pelo Watson pra solucionar diversos casos, sobrenaturais, e eles também precisam derrotar o grande mal que assola Londres.

Algumas considerações:

O CGI do primeiro episódio é péssimo! Mas a partir do segundo você vai percebendo que a produção começa a usar o CGI com menos frequência. Eles começam a usar efeitos práticos como próteses e maquiagem e isso é realmente incrível. A equipe de maquiagem da série consegue criar mortes realmente impressionantes.

A série usa muitas narrativas já conhecida de outras produções. Além de também fazer homenagem a livros da Agatha Christie, e homenagens constantes ao legado do Sherlock Holmes.

A série trabalha bem a construção dos personagens, e a trama caminhava bem durante os episódios. Mas confesso pra vocês que eu demorei pra assistir a temporada completa. Eu não consegui maratonar a série, os episódios são muito longos, e a história tem muitos detalhes, então eu assisti com calma, e fui anotado e absorvendo tudo que essa história podia me proporcionar.

Não acho que essa seja uma série maratonavel!

Essa é uma série pra você assistir com calma no seu tempo, e ir absorvendo aos poucos os enredos, e também ir criando uma relação com os personagens.