domingo, novembro 17, 2024
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Critica | O Mundo Depois de Nós (2023) – Um filme de fim do mundo diferenciado na Netflix

Depois desse filme os fãs de friends nunca mais vão assistir a série do mesmo jeito. Acabou de chegar na Netflix outro filme de fim do mundo, só que dessa vez a destruição é um pouco diferente. ‘O Mundo Depois de Nós’ é o novo filme original da Netflix.

Baseado no livro de mesmo nome, e esse projeto foi idealizado pelo Sam Esmail responsável por Mr. Robot, e temos aqui um elenco de peso com Julia Roberts, Ethan Hawke, Mahershala Ali e Kevin Bacon. Os produtores do filme são Barack e Michelle Obama.

O ritmo do filme pode até parece esquisito pra algumas pessoas, e algumas coisas podem soar meio inexplicáveis.

Na trama conhecemos a analista de publicidade Amanda Sandford, uma mulher de meia idade workaholic que num certo dia decide alugar um Airbnb nos Hamptons pra sair da rotina da cidade grande e aproveitar um tempo com a sua família, que inclui o bondoso Clay (Hawke), um professor de inglês e seus dois filhos adolescentes, Archie (Charlie Evans) e Rose (Farrah Mackenzie).

Só que do nada durante uma ida a praia, um petroleiro encalha na frente dessa família, um pouco depois cervos começam a se reunir no quintal da casa onde essa família tá, o wifi também para, o sinal da operadora some e a Amanda até nota que um empreiteiro local (Kevin Bacon) está comprando suprimentos como se o fim do mundo estivesse próximo.

Tudo estava esquisito, e ficou ainda mais estranho quando o G. H. Scott (Ali), um homem com roupa formal que diz ser o dono do Airbnb acabou aparecendo na porta desse casal, ao lado da sua filha Ruth (Myha’la Herrold), e eles falam que precisam ficar na casa já que tem algo de errado na cidade.

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O final é inconclusivo, porém todo o caos que rola aqui é tão bem feito que me deixou satisfeito.

Logo de início você sendo um olhar racista na Amanda, que até se questiona depois como esses dois teriam uma mansão, e acaba que a dinâmica dessas duas família se torna o centro dessa história desconfortável. Essa é a palavra que melhor define esse filme.

Ele tem uma vibe das obras do Symalam. Mas ele também tem aquela vibe de filme do Jordan Peele. O filme tem muitos vieses fortes, como racismo estrutural, a xenofobia inconsciente. Até mesmo o debate politico sobre guerra cibernética, que é algo mais assustador do que um meteoro caindo na terra. Basicamente os personagens discutem sobre raça e classe enquanto o mundo (literalmente) se implode à sua volta.

Até por que uma guerra cibernética pode destruir um país de dentro pra fora, é algo tipo uma doença que se espalha e cria caos, e pânico, e o filme aborda isso muito bem, deixando os personagens maluquinhos ao longo da história.

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A trilha sonora é uma das coisas que mais ajuda esse filme a funcionar bem.

A trilha cria o pavor necessário pra complementar as cenas que estamos vendo. A montagem de algumas das cenas é especialmente feita pra ter cortes rápidos e precisos que entregam bem o nível de tensão que precisamos pra sentirmos o que os personagens sentem.

O ritmo do filme pode até parece esquisito pra algumas pessoas, e algumas coisas podem soar meio inexplicáveis, como por exemplo os dentes do Archie começarem a cair do nada. Mas pra mim tudo foi preto no branco, desde os aviões caindo em locais parecidos. Até mesmo o lado psicológico dos personagens que tem que lidar com um ataque cibernético.

O ritmo aqui é realmente lento, e os personagens são unidimensionais, e claro o final é inconclusivo. Porém todo o caos que rola aqui é tão bem feito que me deixou satisfeito.

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