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Crítica | Meu Amigo Enzo (2019)

O filme que é dos mesmos produtores de Marley & Eu, conta a história de Denny (Milo Ventimiglia), um piloto de corridas que busca uma chance de correr para a Ferrari, mas enquanto isso não acontece, dá aulas para pilotos iniciantes e compete em corridas pequenas com o seu talento nato para correr na chuva. Em uma dessas idas e voltas ao trabalho, decide adotar um filhote de cachorro e chama-lo de Enzo, em homenagem ao criador da Ferrari, a partir desse instante começa a ser criada uma amizade linda entre eles, mostrando um laço quase impossível de ser cortado, aliás, o filme deixa bem claro desde o começo que esse é o objetivo da história, e nos faz pensar muito sobre os verdadeiros valores de amizades e relacionamentos, isso claro não só entre Denny e Enzo, mas sobre os personagens de uma forma geral e o modo de como eles vivem e acham importante esse vínculo, seja ele familiar, entre amigos, num relacionamento e nos problemas enfrentados no dia a dia.

            Podemos até fazer uma comparação básica com a história de Marley & Eu, mas o que difere bem uma história da outra é que nessa a narrativa é feita de modo direto com o público, fazendo Enzo contar a história em terceira pessoa, o que deixa o cãozinho com um ar ainda mais espirituoso. Denny, interpretado por Milo Ventimiglia conhecido e premiado pela série “This Is Us”, consegue transparecer bem a emoção e sentimento em relação à Enzo, nos fazendo lembra fácil de como é ter um cachorro e de como é gostosa a relação com esses seres que nos domina muito mais fácil do que imaginamos.

            E por falar em competição de corridas de carros e até mesmo de Formula 1, que é sem dúvida a competição mais famosa nesse nicho específico, o filme cita muito o Brasil e claro Ayrton Senna, e de como Denny se inspira muito nele e nas suas artimanhas para correr na chuva. Para os mais adeptos e fãs de corridas, isso fica ainda mais fácil se comparado ao título original “The Art of Racing in the Rain”, que além de ser o título do livro em que foi baseado o filme, lembra de como o Ayrton Senna ficou conhecido – “O Rei da Chuva”.

            Ao conhecer Eve, interpretada por Amanda Seyfried, conhecida por atuações entre outros filmes do mesmo gênero como “Cartas Para Julieta” e “Querido John”, a história vai evoluindo e criando outra vertente, mas sem se perder no roteiro e história originalmente proposta.

            Com isso, se somarmos a direção de Simon Curtis que está muito boa e bem típica da sua filmografia, o filme consegue ser bem característico no seu gênero, nos entregando uma história bem emocionante e sincera sobre amizade, e de como isso pode ir além das espécies.

Vitor Henrique
the authorVitor Henrique
Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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