Critica | Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio (2021) – O filme é bom, mas o final é ruim

O Patrick Wilson e a Vera Farmiga tão de volta, interpretando o Ed e a Lorraine Warren nesse terceiro filme de Invocação do Mal: A Ordem do Demônio.

Dirigido pelo Michael Chaves (responsável pela A Maldição da Chorona), esse terceiro Invocação do Mal, é com certeza o mais fraco da franquia original criada pelo James Wan. O primeiro uma obra prima, e o segundo um filme assustador. Enquanto esse terceiro é um entretenimento aceitável, mas com um roteiro e uma direção questionável.

Invocação do Mal aborda um dos casos mais notórios dos Warren , que é o julgamento do Arne Cheyenne Johnson (Ruairi O’Connor), que foi o primeiro homem na história dos Estados Unidos a se declarar “inocente” de assassinato, por conta de possessão demoníaca.

A história do Arne é interessante, e a abordagem do filme traz um lado diferente da possessão demoníaca.

Essa possessão não tem haver com uma casa mão assombrada igual nos outros dois filmes. Então pra descobrir a verdade sobre o que tá acontecendo com o Arne. O Ed e a Lorraine, tem que fazer várias pesquisas de campo, e por incrível que parece essa investigação funciona bem até o final do segundo ato. Mas todo os terceiro ato parece uma bagunça de resoluções fáceis, com reviravoltas anti-climáticas.

Esse último ato era pra ser tenso e emocionante, mas ele foi tão mal construído, que nem os sustos funcionaram direito. Na verdade os sustos desse terceiro filme, acabam não sendo os melhores da franquia, em algumas cenas até funcionam bem, e você realmente consegue sentir medo. Principalmente nas cenas que envolvem o Julian Hilliard, esse menino é fantástico. Ele sendo exorcizado e assombrado por alguma entidade maligna é uma das melhores partes do filme.

Porém mesmo ele sendo um destaque, o elenco adulto não convence, e os sustos pareciam as vezes previsíveis, porém eu não tiro o mérito do diretor de fotografia Michael Burgess e da trilha sonora do Joseph Bishara. Os dois realmente seguraram todas essas cenas assustadores até o limite.

O filme tem jumpers idiotas, ação com luz estroboscópica e aquelas panorâmicas clássicas da câmera

O filme também tem seu lado comico, em alguns momentos, quando vemos alguns cínicos desacreditando dos Warren. Principalmente a advogada do Arne, e um policial da cidade, mas como nós conhecemos os Warren, eles acabam provando a veracidade de forças demoníacas.

A grande alma do filme fica pro Patrick Wilson e pra Vera Farmiga eles continuam elegantes, e charmosos vivendo o casal Warren. Nós sentimos a conexão deles, e percebemos que o amor é a coisa mais forte que eles tem. Além da total confiança um no outro seguram. Então toda a conexão emocional que eles tem, respinga em nós espectadores, que amamos essa franquia.

Pra finalizar o Chaves e o escritor David Leslie Johnson-McGoldrick criaram algumas situações divertidas de terror e copiaram cenas famosas, de clássicos do terror, como A Hora do Pesadelo 4, o exorcista, e o exorcismo de Emiy Rose.