segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Crítica | Immortals – 1ª temporada (2019) – Original Netflix

Não é de hoje que a Netflix vem adicionando conteúdo estrangeiro em seu catálogo, visando a diversificação. Visto isso, agora partimos para o ponto das inúmeras séries que abordam a mitologia por trás dos vampiros, retratando as personalidades intrigantes e estéticas dos antigos monstros, resultando em um gênero onde não é fácil ser original. Immortals, nova série turca da Netflix, não traz originalidade para o gênero vampiresco, apostando no visual, na relação e no desenvolvimento dos personagens e no modo como a trama é contada.  

A série produzida pelo mesmo estúdio responsável por “O Último Guardião” (a outra série turca da Netflix) foi lançada em um canal do Youtube, e logo chamou a atenção do Streaming. A série acompanha a vampira Mia (Elçin Sangu), que retorna à cidade de Istambul, e movida por vingança, ela passa a perseguir Dmitry (Kerem Bürsin), o vampiro responsável por sua transformação a alguns anos atrás. Com Dmitry morto, Mia se tornaria mortal novamente. Paralelamente a essa trama, nós temos o cliché da rivalidade entre humanos e vampiros, com Dmitry querendo tirar os vampiros do anonimato, mostrando que podem ser uma nova estrutura entre os humanos. Em contrapartida a Dmitry, nós temos um grupo humanos que vivem no submundo da cidade, buscando exterminar a raça de vampiros. 

Elçin Sangu / Kerem Bürsin

Durante os episódios a série apresenta flashbacks, para explicar alguns acontecimentos da série, além do envolvimento de Mia, com seu amor Numel (Birkan Sokullu), antes de ser tornar vampira. Immortals não tem uma narrativa monótona e com a ajuda dos flashbacks constrói uma trama completa e redonda. Alguns assuntos da série, como a questão da imortalidade almejada por Dmitry, poderiam ganhar uma abordagem melhor, fazendo a série ficar ainda mais atraente.  

A narrativa dessa temporada é baseada em basicamente três arcos, a vingança da Mia, a busca da estaca que trará a imortalidade por Dmitry e o embate final entre os humanos e os vampiros. Immortals não concluí muito bem suas tramas, e termina com algumas grandes reviravoltas, que apesar de trazerem o impacto proposto, não são tão sedimentadas pela série. O grande embate construído ao longo da temporada ficou de lado, trazendo um final sem muita ação, deixando o gostinho de uma segunda temporada. 

Elçin Sangu / Birkan Sokullu

Os personagens estão bem desenvolvidos, com suas motivações bem esclarecidas e coerentes. Sangu traz uma personagem que evolui ao longo da temporada, sabendo lidar com a sua sede de vingança, e o ambiente que a cerca, cego pela violência. Já Kerem interpreta um antagonista interessante, que em alguns momentos se deixa levar por Mia, mas sempre buscando a imortalidade, custe o que custar. Birkan vive Numel, um personagem acanhado, e é a grande paixão de Mia, desde que os dois estavam presos. Já que Numel está com o objeto que Dmitry busca, sendo uma grande peça para temporada, o personagem poderia ter um pouco mais de desenvolvimento e ação na trama atual. Os coadjuvantes também apresentam boas histórias, tornando suas participações na trama essenciais. 

Immortals também não traz inovações no seu visual, mas sabe trabalhar o ambiente e a fotografia do submundo de Istambul. Por ser uma série do Youtube, o submundo da cidade merece elogios, pois está com um aspecto envolvente, assim como sua fotografia. O uso do velho contraste “azul/laranja” é bastante usado, chegando a ficar cansativo de ver. Apesar de ser uma série de Vampiro, a gente não tem muitas cenas de ação, mas as que são apresentadas estão bem coreografadas e feitas.  

O grupo dos humanos

A nova série da Netflix não entrega nada de original para o gênero sobrenatural, mas cria uma atmosfera tensa para o grande embate que acaba não se concretizando, dando chance apenas para as reviravoltas da reta final, que embora colocadas ali apenas para construir um final grandioso, conseguiram me envolver. É preciso destacar o desenvolvimento dos personagens e dos coadjuvantes, assim como seus objetivos, além da construção e da fotografia do submundo de Istambul. Por fim, Immortals introduz um universo consistente, merecedor de uma segunda temporada, cumprindo o tanto que possivelmente prometeu. 

Patrick Gonçalves
Carioca, estudante de comunicação, apaixonado por séries e filmes, coleciono DVD's e ingressos de cinema.

6 Comentários

  • N gostei mto do final, Dmitry morre d uma forma simples e fácil, ainda mais por ser o líder. N se concretiza o plano d se tornar imortal. Numel se mata e tals.. sinceramente n gostei msmo….

    • Também achei o final bem ruim. Não entregou o que a temporada prometeu né! Mas deixou um gostinho de segunda temporada haha

  • Esperava mais da série… Não confirmando que o Dimitri morreu .. uma morte simples por algo que ele não fez… Esperando a Segunda Temporada.. torço mto para que ele volte a vida,meu vilao favorito… Que venha novidades na série.. aguardando..

  • Uma porcaria, não recomendo, foram os vampirinhos + sem graça que eu já conheci.Não tem quase nada de ação, eles só ficam andando de um lado pro outro com carinha marrenta…fala sério…É PÉSSIMA !!

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