O canal Sony nos trouxe a nova produção da Shondaland (‘Grey’s Anatomy‘, ‘Scandal‘, ‘How to Get Away With Murder‘ e a mais recente ‘Station 19‘), For The People o novo drama procedural, tem menos drama e é mais fundamentado nos casos.
A série que conta com um elenco de peso Hope Davis, Ben Shenkman, Britt Robertson, Regé-Jean Page e Susannah Flood, me deixou empolgado quando foi anunciada, ela já havia sido descrita como uma série que não seria tão melo dramática e focaria mais nos casos, coisa que eu considero muito em uma série. Eu achei o seriado bem parecido com The Good Wife (‘que me deixou órfão depois de seu final merecido em 2017’), e ainda posso complementar que o novo drama procedural conseguiu em torno de seus 10 episódios da primeira temporada, me deixar comovido, me deixar com raiva em alguns casos, me deixar angustiado e foi um dos pontos positivos que achei no seriado, a forma que ele trata os casos é bem diferente das outras séries como HTGAWM ou Scandal que os casos geralmente ficam em segundo plano e o drama pessoal dos personagens vem em primeiro, já aqui os dramas dos personagens são movidos pelos casos que eles estão trabalhando.
O seriado que começou a ser rodado em 2017 teve alguns problemas no seu elenco principal e sofreu algumas substituições onde a equipe teve que regravar os dois primeiros episódios, e essas substituições foram a das atrizes: Britt Robertson (Girlboss, Life Unexpected) que substituiu Britne Oldford (The Path) no papel da protagonista Sandra em julho; e Jasmin Savoy Brown (The Leftovers) substitui Lyndon Smith (Parenthood) no papel de Allison. E eu posso dizer que Robertson foi um dos grandes destaques dessa primeira temporada e que a primeira protagonista não havia entregado uma atuação tão boa (‘falo isso baseado no trailer que mostra o primeiro elenco’ Veja o trailer aqui)
As produções da Shondaland tem sempre um pouco de chiches, como por exemplo montar um grupo de jovens de boa aparência no início de suas carreiras em empregos ambiciosos que terão que ter responsabilidade de adultos experientes e logo depois atacá-los com problemas pessoais e profissionais tudo isso de uma forma que só a Shondaland sabe fazer; E o melhor de tudo é que você ama essa formula e aposto que For The People é aquilo que você estava esperando.
Criado por Paul William Davies escritor do Scandal, mostra os defensores públicos Sandra ( Britt Robertson ), Allison (Jasmim Savoy Brown) e Jay (Wesam Keesh) que são idealistas e estão trabalhando para mundo ao lado de sua chefe Jill Carlan (Hope Davis), enquanto enquanto contrapondo temo Kate (Susannah Flood ), Seth (Ben Rappaport) e Leonard (Regé-Jean Page) que tem um foco em vencer e não se importam quem eles tenham que magoar para isso comandados pelo Roger Gunn (Ben Shenkman). Todos eles estão no Tribunal Distrital dos Estados Unidos, que é o tribunal de justiça mais antigo e prestigioso do país, e recitaram sobriamente seu juramento de sempre seguir a verdade. E agora eles estão prontos para receberem os casos mais complexos e complicados, que os desafiarão e deixaram eles com os nervos a flor da pele.
Já começo dizendo que em seus 10 episódios For The People não segue de forma alguma as temáticas das outras séries onde temos um relacionamento inadequado no local de trabalho ou um duplo homicídio ou até mesmo brigas inconsequentes. E o melhor de tudo, nenhum dos episódios termina com cliffhangers que você terá que esperar até o próximo episódio para saber o tal mistério ou revelação, tudo é bem amarrado em um episódio com o seu caso da semana. Em seus 42 minutos de episódio, os casos que, no mundo real, se desenrolam ao longo de semanas, meses ou anos, podem a ser rapidamente resolvidos pelos nossos promotores as vezes não supervisionados, com cada lado chegando a apontar seus pontos de maneira equilibrada e razoável. Os personagens são incrivelmente inteligentes, constroem os casos com coesão e com muitas pesquisas, falam rápido e brincam de uma forma descontraída.
For the People tem um ritmo frenético e muitas vezes emotivo, e tudo isso é movido pela diretora Linda Lowy, que sabe desenrolar muito bem a trama, e sabe apresentar o nervosismo e a pressão que nossos jovens promotores estão sofrendo tudo em uma formula natural e que flui bem na tela.
Agora falando das nossas estrelas, que mencionei acima e que são muito bem cordenadas por Lowy ou Rhimes e claro todos os personagens tem semelhanças com outros show da Rhimes, mas isso não tira o mérito do ótimo roteiro e ótima atuação. Primeiro temos Page, que interpreta Leonard ele é forte promotor, arrogante e aparentemente inseguro, e usa de sua aparência sex para conseguir o que quer, ele tem uma ótima química com sua colega de trabalho Kate interpretada pro Flood que é uma das minhas personagens favoritas, ela tem muitas camadas em volta de sua personalidade e acaba se tornando muito introvertida, fazendo assim ela ser uma personagem de poucas palavras mais que quando está na frente do tribunal tem muito e muitos argumentos, ela é inteligente, dedicada e ela está na empresa para ser a melhor advogada que ela pode ser, e nenhuma pessoa ou seus problemas pessoais vão impedi-la de alcançar seu objetivo, ela pode ser até comparada a um robô sem sentimentos mas em alguns episódios como o do caso dos animais e no final de temporada ela apresenta sim pelo menos um pouco de compaixão. Agora Robertson, que interpreta a defensora publica, Sandra, ela ama o que faz, tem dificuldade em alguns casos mais não abandona a luta pela justiça, vai até seu limite para conseguir o que ela deseja, e é muito determinada no quesito trabalho duro, ela conseguiu me surpreende com a boa atuação no ótimo episódio onde ela fica algema e tem que ficar sentada em uma cadeia, tudo por um caso que ela estava certa porem foi desacreditada, nesse episódio conhecemos muito melhor a personagem.
Os três citados no texto acima foram os grandes destaques da temporada, mais ainda temos Brown que interpreta Allison, a melhor amiga de Sandra e também defensora publica, ela é obstina e tem um relacionamento com Seth que é interpretado por Rappaport eles são de lados rivais e terão que separar o que ocorre na vida pessoal do que ocorre na vida no tribunal, e isso será um impetilho em seu relacionamento e para finalizar temos o hilario Jay interpretado por Keesh que é o alivio comisco da série, tem muitas inseguranças que são implícitas em sua forma de agir, mas sabe que consegue construir seus casos e ao decorrer dos episódios começa a mostrar mais aptidão em seus trabalhos. Cada um é auxiliado pelo seus chefes Jill interpretada por Davis e Roger interpretado por Shenkman) os dois estão em lados opostos mas são ótimos amigos, ou até mais que isso.
A série foi exibida pelo canal ABC nos EUA, e aqui no Brasil foi exibida pelo Canal Sony. Mas relaxem que ela chegará em 2019 na Netflix.
"Uma drama procedural envolvente e com ótimos personagens"
Essa primeira temporada de For The People nos entregou perfeitas atuações e um roteiro ótimo, sem precisar de cliffhangers para segurar seu publico o seriado que apresenta casos semanais é muito bom para você interagir melhor com os casos e ver como nossos promotores e defensores reagem aos altos níveis de responsabilidade que são impostos a eles, mas nem tudo são flores, eles terão que passar por derrotas e vitórias, o roteiro não emprega só as vitórias como geralmente acontece em séries do tipo, nos vemos alguns casos que eles tem que perder e viver com essa perda, alguns levam na boa e outros chegam a piram com a derrota, mas podemos ver que evolução de quem eles são e quem eles querem ser está acontecendo de episódio por episódio. Simplesmente achei a série espetacular e espero que a segunda temporada continue do jeitinho que a primeira foi.
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