O espirituoso musical televisivo de Rachel Bloom chega ao filme, com muito carisma e diversas conclusões auto explicativas.
Com quatro temporadas, a comédia musical da The CW, recebeu um pedido de uma temporada final, assim como Jane The Virgin e iZombie, todas as series mencionadas nunca tiveram um numero significativo de audiência, como os de The Flash, mas todas as séries tinha uma sólida fan-base que sempre segurou elas e com isso conseguiram pelo menos um final digno.
Crazy Ex-Grilfriend seguiu Rebecca Bunch (Rachel Bloom) – por quatro divertidas temporadas – lidando com seus relacionamentos conturbados e criando números musicais mentais, e claro firmando novas amizades e aprendendo que o real amor está nas pessoas a sua volta. A série se iniciou, com Bunch saindo de sua bem sucedida firma em Nova York, para ir para a afastada e interiorana West Covina na California, onde ela chegou com uma promessa de recomeçar e se afastar e sua vida infeliz na cidade grande – mas cá entre nós, ela foi pra essa cidade, para encontrar seu amor de infância Josh Chan (Vincent Rodriguez III), que já estava namorando com a nojenta e gostosa namorada Valência (Gabrielle Ruiz), uma professora de Yoga – Rebecca teve diversas desilusões amorosas na temporada, mas ela pelo menos encontrou uma amizade verdadeira com Paula (Donna Lynne Champlin), que para mim, essa amizade foi a melhor parte da série. Entrelaçando decisões boas, ruins e altamente questionáveis, ela seguiu nas demais temporadas, se relacionando com – Nathaniel (Scott Michael Foster) e Greg (Skylar Astin) e também fez uma estranha amizade com seu chefe Darryl (Pete Gardner) e com sua vizinha Heather (Vella Lovell), e claro se reconciliou com Valencia, e também deu uns pegas no Josh.
Neste ultimo ano da série, Rebecca está firme e forme a suas convicções e claro ainda continua meio maluca, mas de um jeito bom. Na primeira temporada descobrimos que a cabeça da Rebecca queria quebrar os paradigmas que o mundo exterior impunha pra ela, mas ela nunca conseguia expressar isso pras pessoas a sua volta. Ela sempre foi intruida a tudo, e sua mãe foi a principal causa de sua maluquice. Mesmo ela querendo o bem pra sua filha, ela preferia vê-la infeliz do que vê-la mal sucedida. As aparecias eram o que importavam, e não a felicidade ou tristeza, e com o decorrer das temporadas, a grande escola – chamada vida- ensinou a Rebecca que suas decisões de quem amar e como ser amada, ou de que profissão seguir ou não seguir, seriam ditas por ela mesma. Essa última temporada foi triste – por ser a última, pois eu amava essa série – porém ela foi conclusiva e encaminhou todos os personagens, e claro ainda teve um episódio ao vivo, com algumas das 150 músicas, que criaram para a série.
A série se iniciou com Rebecca sozinha e sem ninguém a sua volta, e nos episódios finais dessa temporada, vimos que ela tinha todos os homens, que ela perseguiu nas quatro temporadas, aos seus pés e ela tinha a oportunidade de escolher um deles, mas ela preferiu escolher nenhum. Ela percebeu que seu amor verdadeiro estava bem ali o tempo todo, ela viu que não precisava do Josh, Nathaniel e Greg, para ser feliz, ela precisava somente das pessoas a sua volta e claro dela mesma, ela então terminou a série da mesma forma de começou, sozinha, porém agora depois de ter ido para West Covina, ela ganhou uma coisa que ela ainda não tinha, amizades reais – ela chegou na cidade interiorana com uma cabeça poluída e saiu de lá, com uma bagagem de auto conhecimento incrível. Agora ela está escrevendo grandes números da Broadway, engraçados e esquisitos, como sua nova profissões.
As pessoas próximas da Rebecca também abriram seus olhos para o que realmente queriam de suas vidas, e essa maluca mulher que mexeu com todos dessa cidadezinha foi essencial para muitas das conquistas dessas pessoas, no final da série descobrimos que Paula conseguiu o que tanto queria, se tornou uma grande advogada, muito por conta da insistência de Rebecca em seus estudos – claro em alguns momentos ela atrapalhou muito, com seus planos para conquistar Josh, mas elas sempre se apoiaram em seus deveres – Paula então está em uma grande empresa, mas mesmo assim ela quer trabalhar ajudando pessoas que não tem capacidade de pagar a empresa que ela trabalha, enquanto Nathaniel, encontrou sua felicidade trabalhando em um zoológico, em vez de ser um advogado bem sucedido. Josh, está fazendo truques de mágica, e claro o ponto em que quero chegar, é que esses personagens começaram com camadas muito padronizadas, e agora no final percebemos que suas felicidades não estão no dinheiro e sim, em fazer o que os deixa feliz.
Essa temporada final, como já mencionei serviu para encaminhar os destinos dos personagens, e claro tivemos um remember de tudo que Rebecca já havia cantado e passado, através de um mega-mix de reprise. E para a minha surpresa, Rebecca contou para Paula, sobre seus números musicais insanos, que aparecem quando ela faz aquele olhar distante em seus olhos. Ela então leva Rebecca leva Paula, a seu closet mental de seus números musicais, e mostra a ela suas diversas roupas – personalidades -, e Paula acha tudo muito bonito e Rebecca então se choca, pois ela esperava uma desaprovação. Então percebemos que essa série nunca foi sobre perseguir um cara, e sim sobre quem Rebecca era pra si mesma, e nesse final descobrimos que ela é varias pessoas e uma só. Ela é Rebecca Bunch e tem que aceitar suas personalidade e usar isso a seu favor, então terminamos a série com ela contando sobre todas as pessoas a sua volta e aceitando que o real amor é o amor próprio e claro o amor das pessoas a sua volta, e o melhor de tudo ela saiu da infeliz carreira de advogada e seguiu escrevendo seus números musicais e lucrando com isso.
A mente de Rachel Bloom fez com que a série acabasse no episódio 17, mas ela também foi além e fez com que a The CW, liberasse um episódio Ao Vivo, para o elenco catar as melhores músicas, em uma apresentação para fans, que foi simplesmente incrível, e um grande tributo, para as mentes criativas, que fizeram essas músicas, e claro, para finalizar a série com muito estilo e musicas malucas.