segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Critica | Corra Querida Corra (2022) – Novo filme da Amazon Prime Vídeo critica o patriarcado (Run Sweetheart Run)

Corra Querida Corra (Run Sweetheart Run), o novo filme da Amazon Prime Vídeo, trás um conceito familiar sobre a insegurança da mulher na sociedade, mas também aborda esse tal conceito de uma maneiro nada habitual, e até um pouco voraz demais.

Se você gostou da reviravolta maluca de Barbarian, se você curtiu a abordagem voraz de Fresh, e se você gostou da minha indicação do surpreendente Significant Other. Aposto que você vai curtir esse novo.

No longa nós conhecemos a mãe solteira Cherie ( Ella Balinska ), que trabalha como assistente do advogado James ( Clark Gregg ), um certo dia ele a manda ir em um jantar de negócios no seu lugar, onde ela conhece o Ethan ( Pilou Asbæk) um charmoso cara que a faz se sentir bem consigo mesma. O começo da noite foi especial e mágico pra Cherie, tanto que esse jantar de negócios rapidamente se torna um encontro mais intimo entre os dois, porém aos poucos esse cara vai se tornando sinistro, e a Cherie se sente incomodada, mas ela até que aceita passar a noite com ele.

Run Sweetheart Run' trailer for new Blumhouse horror film | SYFY WIRE

Mas pouco antes de vermos algo a mais acontecer, o Ethan quebra a quarta parede e interrompe a câmera de entrar na casa com eles, e poucos segundos depois a Cherie sai correndo da casa assustada, e machucada, e é aí que toda a doideira do filme se inicia, e ela tem que correr por sua vida enquanto o Ethan a persegue a todo momento.

A Ella Balinska é uma atriz carismática, porém as cenas mais dramáticas são obstáculos pra ela. Se você notar algumas cenas ela não passa a intensidade necessária, e alguns takes se tornam caricatos e mal atuados. Entretanto as cenas de ação, que ela tem que correr por sua vida, são as melhores pra ela mostrar sua boa performance. Já o Pilou Asbæk é um vilão charmoso e assustador, ele é mega convincente no seu papel, e as reviravoltas do filme funcionam muito bem graças a sua sutileza.

GET OUT Meets ROSEMARY'S BABY in Blumhouse Tilt's RUN SWEETHEART RUN In Theaters 5/8

O roteiro do filme é dividido em duas fases.

A primeira delas no primeiro ato, que apresenta um terror mais social bem na vibe do Jordan Peele, e a segunda fase apresenta um tom mais sobrenatural que um terror mais sangrento. Se você for pensar que esse filme queria mostrar uma mulher insegura com a sociedade a sua volta, queria trazer uma abordagem ao feminicídio, e queria colocar uma mulher fodona pra ficar cara a cara com o seu agressor. Ele fez um excelente trabalho.

Porém os diálogos do filme as vezes se tornam meio bobos e nada criativos, já que no geral o grande intuito do era exalar girl power a cada novo dialogo, entretanto isso acaba se tornando meio cansativo, já que a mitologia do filme se prende muito nesse conceito e acaba esquecendo de muitas coisas ao seu redor. Podem notar os trocentos erros de continuidade ou os cortes meio inconsistentes, ou até mesmo algumas cenas convenientes só pra história andar.

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No geral o filme consegue ser um e entretenimento agradável que lida muito bem com algumas questões interessantes, como a negligencia policial em alguns casos, o machismo, a misoginia, o patriarcado. Enfim o ritmo do filme é bom, e pra um suspense de terror pra ver em casa até que vale a pena. Entretanto eu tô sentindo que vai ter gente que vai falar ‘filme de lacração’, e realmente tem muito lacre aqui, porém gente. Só assiste, se diverte, e pronto.

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