Bird Box expressa a excelente atuação de Sandra Bullock, em um suspense sensorial incrível.
Criar uma atmosfera sensorial tem sido um grande atrativo tanto para os cineastas quanto para o publico, e nesse ano de 2018 já fomos agraciados pelo excelente Um Lugar Silencioso estrelado por Emily Blunt, que mostrou um mundo pós-apocalíptico no qual alienígenas matam as pessoas se ouvem um único som, mas antes disso Hush: A Morte Ouve e O Homem nas Trevas abordaram o mesmo tema de privar alguma parte sensorial só que sem monstros .
Baseado no best-seller de Josh Malerman, Bird Box se aventura no mesmo gênero sensorial, misturado com um drama familiar convincente e um suspense envolvente. Enquanto no filme Um Lugar Silencioso você não podia fazer nenhum barulho em Bird Box você não pode olhar para os seres que nunca vemos, mas se você acabar por ver, se suicida. O longa dirigido por Susanne Bier e roteirizado por Eric Heisserer, teve o difícil trabalho de mostrar duas linhas do tempo ao mesmo momento, e teve exito em transformar um filme com dinâmica em grupo em um drama familiar.
E como sempre, Sandra Bullock arrasa e entrega uma atuação excelente como Malorie, que logo no primeiro momento do filme já entrega uma introdução calorosa de como ela será no decorrer do filme. A cena mostra duas crianças chamados a principio de Menino e Menina (Julian Edwards e Vivien Lyra Blair) que estão sendo intruidos por Malorie a manterem os olhos bem fechados e não tirar a venda deles. Logo em seguida voltamos para o começo, antes de tudo acontecer quando vemos que ela está gravida, e em meio de um inicio rápido com a morte da irmã de Malorie (Sarah Paulson), em meio de muita destruição e mortes em masa, Melorie acaba por encontrar uma casa com um grupo de 8 pessoas, incluindo o insuportável Douglas (John Malkovich) que em alguns momentos do filme estava certo de suas escolhas.
O longa vai se desenrolando e começa a deixar o publico angustiado por não saber o que os seres são, como eles fazem para as pessoas se suicidarem e de onde eles vieram, em certos momentos eu tive vontade de colocar uma venda nos olhos para saber como deveria ser angustiante tanto para Melorie quando para as crianças. Mas o que não era esperado é que nem todo mundo comete suicídio; alguns continuam de olhos abertos, e se transformam meio que zumbis determinados a convencer os outros a tirarem as vendas dos olhos, para enaltecerem a linda coisa que nunca vemos. Mas mesmo sem responder essas perguntas o enredo do longa se sustenta em suas quase 2h de filme.
Com quase 10 personagens ao longo do filme, alguns tem destaques surpreendentes já outros tem pequenas falas e papeis mais pequenos ainda como ocorreu com Olympia (Danielle Macdonald) que só serviu na trama para dar a luz a Menina, e ao mesmo tempo que Melorie deu a luz ao Menino, e por descuido dela mesmo ela acaba morrendo de uma forma tosca.
Depois de comentar sobre quase tudo, uma das melhores cenas tem que ser relembrada como, a cena da viagem de carro com os olhos vendados, com os vidros pintados de preto e que o único indicador era o GPS e o sensor de proximidade, foi uma das melhores cenas do filme proporcionando uma sensação de medo ao grupo, essa viagem teve o intuito de recolher suprimentos em um supermercado. E é nesse supermercado que Melorie acha os benditos pássaros, que ficam com ela por mais de 4 anos, para ajuda-lá a identificar o perigo próximo. O nome do longa é bem explicado e bem encaixado a trama, quando realmente conchemos a Caixa de pássaros, onde os pássaros servem como um tipo de alarme para as coisas que assombram a todos.
Em meio de muitas mortes, muitos olhos vendados e muito suspense, com excelentes efeitos sonoros, Melorie e as crianças encontram um refujo seguro, que eles se sentiram confiantes que ali poderiam ter uma vida feliz. E claro que o refujo era cheio de pássaros.