A Mulher na Janela é a bagunça mais problemática que eu ví esse ano.
O filme não tem energia, não tem nada que faça a gente criar empatia pelos personagens. Porém o pior de tudo é que o filme tenta ser pseudo Hitchokiano, e com isso ele se afunda ainda mais. Além do autor do livro ser um sociopata maluco! Depois pesquisem sobre o autor do livro, é melhor que a história do filme.
Em A Mulher na Janela a Amy Adams interpreta a Anna Fox uma psicóloga infantil que tem medo de espaços abertos, por sofrer de agorafobia. O marido e a filha dela não moram com ela. Sendo assim ela aluga o andar de baixo da sua casa pra um inquilino.
A medida que o filme passa nós vemos nos 30 minutos iniciais a rotina chata da vida da Anna. Só depois disso a trama começa a caminhar, com a chegada dos novos vizinhos, que faz com que a Anna comece a espiar pela janela. O patriarca da família o Alistair que é um cara esquentadinho, Ethan que é o filho dele de 15 anos, que é um garoto que faz muitas perguntas e rapidamente se torna amigo da Anna. O resto do filme se desenrola em torno da mulher do Alistair, ser esfaqueada. A única testemunha é a Anna. Porém ela é uma mulher constantemente bêbada e drogada, que não é nada confiável.
Mesmo que a direção do Joe Wright não sendo o grande problema aqui, algumas decisões criativas dele foram ridículas, e não funcionam tão bem.
O diretor de fotografia do filme também se esforça pra criar um ambiente mais escuro, que traga uma sensação de ambiente fechado, mas eu não consigo tirar da cabeça que a Anna mora em um casarão gigantesco, sem mesmo ter necessidade de morar naquela casa, pra mim aquela casa seria o pior lugar se eu tivesse agorafobia.
O filme tenta pegar o conceito do Janela Indiscreta dos anos 50, e usar em 2021. Esse conceito já tá batido desde 2007, onde foi usado no filme Paranoia, que é bem melhor que a Mulher na Janela. Recentemente esse conceito funcionou no filme de 2019, Verão de 84. Principalmente por que os roteiristas posicionaram o filme em uma época mais adequada. Se esse novo filme fosse ambientado nos anos 90, acho que funcionaria muito melhor. Mas ser ambientado em 2021, só faz sentir sono.
Mesmo com o material superficial, as atuações foram aceitáveis! Com isso nem o charme da Amy Adam salvou a Anna de ser monótona e mal escrita. Dá até pra torcer pro vilão que era mais carismático que ela. A Julianne Moore apareceu em poucas cenas, mas ela realmente foi melhor que a Amy Adams.
Enfim as reviravoltas do filme são genéricas e previsíveis. O terceiro ato é muito problemático e mal executado, no final das contas foi uma tosqueira.
Conclusão
Amy Adams em mais um filme tosco.
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Comentários
Pensei que era a única a não gostar ou não entender. Dica para quem pretende assistir não assista dublado, fica muito pior.