sexta-feira, novembro 22, 2024
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Crítica | A Mula (2018)

Baseado numa reportagem do The New York Times, A Mula conta a história de um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial que durante um tempo trabalhou para um grupo de narcotraficantes mexicano. O filme também mostra Clint Eastwood de volta não só para direção, no qual esteve parado desde 2012, mas também de volta a atuação em filmes, coisa que não fazia desde 2008 com Gran Torino.

            Clint vive Earl Stone, que gosta de flores e uma vida simples, mas com a hipoteca de sua casa ele aceita uma oportunidade de trabalhar como um simples “motorista”, da qual ele até então não sabia o que teria que carregar. Tendo vivido longe da família demais durante alguns anos, ele se vê de volta na mesma situação, pois além do drama familiar que vive por causa desta ausência, ele ainda terá que lidar com os problemas das viagens, já que pouco tempo depois de ter começado, ele percebe que consegue um bom dinheiro de maneira “rápida”, e com isso, vai resolvendo seus problemas financeiros que não são poucos.

            Mary a esposa de Earl é vivida por Dianne Wiest, que mesmo não aparecendo tanto no filme, consegue nos entregar uma interpretação ótima, com pegadas cômicas rápidas e que funcionam muito bem dentro do contexto em que são inseridas, aliás, esse é outro aspecto positivo para o filme, pois não só a personagem de Dianne tem essa característica cômica, Earl têm bastante momentos desse tipo, que só nos mostra como um senhor consegue ser esperto, vivido e perspicaz para agir com os traficantes. Outra coisa que nos deixa claro, são as marcas do tempo em Earl que nem de longe tentam esconder, pelo contrário, em algumas cenas podemos ver elas com zoom ou enfoque objetivo, mostrando o quanto aquele personagem tem de história, mas sem exageros emocionais.

            A direção de Clint é indiscutível, sendo muito bem dirigida, com roteiro e história muito bem estruturados. A direção de imagem é outro aspecto interessante, pois mesmo o filme não tendo paisagens e locais maravilhosos, conseguimos perceber o cuidado em que as cenas são feitas e como o ângulo de algumas cenas dava suporte para compor a interpretação de quem estava nela.

            Mesmo com o elenco sendo formado por grandes nomes de Hoolywood, como Clint Eastwood, Dianne Wiest, Taissa Farmiga (A Freira) e Bradley Cooper, que está em alta por direção e atuação em Nasce Uma Estrela, A Mula é um filme simples, mas que entrega o que promete e faz isso muito bem.

Vitor Henrique
the authorVitor Henrique
Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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