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Critica | A Gente Se Vê Ontem (2019)

A Gente Se Vê Ontem é uma grade corrida temporal, mascarada com uma mensagem muito maior, que por traz dos acontecimentos.

A dramédia do cineasta Stefon Bristol é centrada em Claudette Walker ‘CJ’ (Eden Duncan-Smith), uma jovem prodígio da ciência que constrói uma mochila de viagem no tempo, ela então usa essa mochila, para voltar no tempo, 24 horas antes para salvar seu irmão que foi assassinato pela polícia.

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Assim com outro filmes de viagem no tempo, você tem que ter regras bem impostas, como não se encontrar no passado, não morrer e não alterar coisas muito significativas na linha temporal. Mas como já era espera CJ e seu melhor amigo, Sebastian Thomas (Dante Crichlow) fazem tudo que não podia e acabam mudando mais do que deveriam, e essas mudanças geram consequências drásticas para eles.

O filme é bem coordenado por Bristol e pela co-escritora Fredrica Bailey que realizam quase sem falhas as viagens temporais, mostrando os eventos que poderiam ocorrer se os adolescentes mudassem o passado. Além de introduzirem bem os crescentes protestos contra a brutalidade policial – quando o irmão de CJ, Calvin (Astro), é morto a tiros pela polícia, sem ao menos está portando uma arma – em vez de mascarar os eventos o filme mostra a realidade que acontecem nos dias atuais. Mas eis que então o longa começa a tomar proporções temporais, a partir do momento que CJ e Sebastian começam a voltar no tempo, em varias tentativas de alterar o destino de Calvin. Suas ações heroicas geralmente geram rupturas temporais, onde na maioria das vezes eles mais causam problemas do que os resolvem. 

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Bristol e Bailey mostra sua capacidade de conduzir criativamente esse filme, nunca se apoiando muito na fantasia ou na dura realidade das circunstâncias de CJ, eles sabem navegar entre o sy-fy e a realidade. Sendo que o final do filme apresenta uma mensagem de superação, onde “mesmo que você esteja perdendo, você continua tentando até não conseguir mais. Desistir não é uma opção!” Essa é uma mensagem necessária, lembrando o público de que, mesmo em um mundo em que a viagem no tempo é possível, os riscos são maiores para os personagens negros do que para os brancos.

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Essa é uma mensagem que o gênio produtor Spike Lee, sempre tenta passar em seus projetos. Ele encandece a fantasia, a alegria e a realidade – mesmo quando coloca viagem no tempo no meio – enquanto coloca uma jovem negra como o centro de todo o filme. A Gente Se Vê Ontem é uma história sobre perda e ganho. Mostrando a inevitável questão de se você pudesse evitar algum fato ocorrido, o que você faria para conseguir isso?

Matheus Amaral
the authorMatheus Amaral
Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

1 comentário

  • O filme a”gente se vê ontem”, até estava bem interessante, até que acabou do nada totalmente sem sentido. Poderia ter passado a mesma mensagem se propôs mas com um final descente. Perdi tempo.

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