Euphoria te desafia a confira nos adolescentes atuais.
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Com o real desastre do 11 de setembro, a série se inicia com uma introdução, leve ao som da doce voz da adolescente Rue (Zendaya), ela nasceu três dias após o fatídico ataque terrorista, e isso a companhou sua vida toda. Sua narração de como ela chegou ao ponto em que a conhecemos, sofrendo com seu vicio, e como sua overdose quase foi fatal, foi maluco e ao mesmo tempo espontâneo.
O escritor/diretor Sam Levinson (“Assassination Nation”), deve ter assistido a série No Ritmo do Disney Channel, pois seu filme Assassination Nation, contou com a presença de Bella Throne, ex-colega de elenco de Zendaya, e aqui ela usa ela como um tipo de deus, onipresente que quebra a quarta parede e conversa com o espectador. Tudo aqui é tão caótico e agressivo que seria bem normal se você só desligasse a TV.
Levinson usa uma forma diferente para representar sua, visão de seu próprio roteiro, com muitas névoas, e pessoas desorientadas, entre viagens de drogas de montanha-russa emocionais a série segue mostrando adolescentes americanos, sendo adolescentes americanos. O primeiro episódio é auto explicativo, e assim como a antiga série “Skins” você tem que assistir com paciência, mas no final tudo que parece uma bagunça faz sentido.
Euphoria é o primeiro drama teen da HBO, e enquanto o gênero definitivamente ficou mais obscuro, explícito e até mais violento nos últimos anos, a versão da HBO ainda é surpreendente em seu entusiasmo para abraçar todos os itens acima. Claro as vezes eles abraçam até de mais, e vemos coisa que não eram tão necessários. A série logo de começo tenta te introduzir todos os personagens que você verá ao decorrer da temporada, então a gama de informações no primeiro episódio é muito grande e para alguns pode ser exaustiva, mas com o passar do tempo, parece que os personagens serão unicamente desenvolvidos, para a narrativa não ficar cansativa.
Além da personagem de Zendaya, temos Kat (Barbie Ferreira), cuja insegurança e falta de experiência sexual fazem dela uma piada na escola e a inspiram a buscar relacionamentos mais gratificantes on-line. Há Nate (Jacob Elordi), um atleta babaca, e bonito, que só serve para ficar sem camiseta, e seu pai (Eric Dane) é bem rígido e maldoso, e ele passa essa maldade para seu filho, que compensa isso em sua namorada Maddie (Alexa Demie). A melhor amiga de Maddie, Cassie ( Sydney Sweeney), uma doce pessoa que rapidamente aprende que seus colegas de classe tanto valorizam e desdenham ela usando sua sexualidade.
E, claro, há Rue, cujo problema com drogas não é resolvido. Este show não é nada fácil de ser digerido, nem é agradável. É muitas vezes ousado e contundente, mas os protagonistas tem uma atração inegável que o torna intrigante, porém ao mesmo tempo, uma coisa fácil de se esquecer em um domingo a noite.
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