A 3ª e Última temporada de Ragnarok , da Netflix, terminou com um final conclusivo. Mas algumas pessoas podem não ter entendido o desfecho, e aqui está uma explicação sobre o final.
Após os acontecimentos do final da 2ª temporada, Magne e os Jutuls chegam a um entendimento. Os Jutuls concordam em ficar longe de Magne e de sua família, especialmente de Laurits, a quem consideram um traidor dos Gigantes. Em troca, Magne tem que manter o martelo de lado para sempre. Magne não sabe que Laurits fez um acordo com Ran e Fjor. Em troca de não matá-lo, Laurits oferece-lhes Little O, seu monstro, ou seja, a Serpente de Midgard, a única criatura que pode matar Magne.
Enquanto os Jutuls esperam que Little O cresça o suficiente para lutar contra Thor, Magne se sente atraído pelo martelo. Chama por ele, e ele o usa uma vez, esperando que ninguém soubesse disso. Durante todo esse tempo, ele tentou construir um caso contra as Indústrias Jutul. Ele sabia que não poderia entrar em guerra com eles, então tenta derrubá-los em uma batalha legal. Os Jutuls matam a única testemunha que ele consegue. Isso irrita Magne, e ele os confronta com seu martelo, percebendo que os Gigantes estão com medo disso.
Ele percebe que não precisa mais honrar nenhum acordo e viver com medo porque agora está no topo da cadeia alimentar. Estar em posse da arma mais poderosa do mundo muda Magne. Ele começa a carregar o martelo para todos os lugares e o usa para intimidar os Gigantes para que façam o que ele quiser. Esse comportamento não agrada a ninguém, e até mesmo seus entes queridos se perguntam se esse novo poder o mudou para pior.
O poder do martelo alienou o Magne e finalmente ele recupera o juízo quando Wotan lhe mostra por que ele precisava lutar na guerra em primeiro lugar. Ele se lembra de Isolda e do senso de justiça que o colocou nesse caminho. O resto dos deuses, incluindo Laurits, se reúnem para travar a guerra final, e Wotan recruta Jan e Kiwi como Baldar e Heimdall. Laurits está preocupado porque seu namorado foi contratado como Baldar, cuja morte dá início ao Ragnarok. No entanto, Jan o convence de que não é como nos velhos tempos e que eles vão mudar as coisas, o que significa que Jan não precisa morrer.
Jan também desempenha um papel vital na mudança de mentalidade do resto do grupo. Enquanto todos estão ocupados discutindo armas e guerras, ele se pergunta por que eles devem matar uns aos outros. Por que eles não conseguem encontrar um meio-termo e conseguir uma trégua com os Gigantes, que também não querem o Ragnarok e não querem morrer? Considerando que os Deuses os superam em número, os Gigantes terão que travar a batalha e morrer ou aceitar a oferta de paz e vida.
Quando chegar a hora, todos deporão as armas. Magne desiste de seu martelo, enquanto os Gigantes desistem de suas armas antigas, as únicas coisas que poderiam matar um deus. Com as armas de destruição fora do caminho, ninguém mais precisa temer ninguém, o que significa que a necessidade de guerra foi eliminada. Nas Indústrias Jutul, Saxa assume uma posição de igualdade ao lado de Fjor e leva a empresa no caminho que ela pavimentou antes de Fjor a expulsar. Em vez de excluir todos e continuar a destruir a Terra com as suas práticas prejudiciais, ela acolhe ambientalistas e ativistas e coloca a empresa num caminho mais sustentável.
Todos voltam às suas vidas normais. Em vez de Ragnarok, Magne se concentra em passar no exame. Assim que a escola termina, Laurits sai de casa e Magne limpa seu quarto para se livrar de coisas velhas que ele não precisa mais. Ele encontra sua antiga coleção de quadrinhos de Thor e começa a lê-los. Ele chega ao trecho onde Baldar morre e vê exatamente o que acontece durante a cerimônia de formatura. Ao olhar para todos os Deuses e Gigantes ao seu redor, sentados felizes na cerimônia, ele os vê lutando na guerra e morrendo um por um. Todos, exceto Laurits, morrem no final, incluindo Magne.
Magne fica extremamente abalado com essa visão. Felizmente, continua sendo uma visão e nada de desagradável acontece na cerimônia de formatura. Jan, também conhecido como Baldar, não morre, o que não leva Laurits, também conhecido como Loki, a liderar os Gigantes na batalha contra os Deuses e iniciar o Ragnarok. Ao voltar para casa, Magne larga os quadrinhos de Thor, aceitando que essa parte de sua vida acabou. A paz foi alcançada sem guerra, então ele não deveria procurá-la porque não acabaria bem para ninguém. Em vez de fantasiar sobre a guerra, ele aceita a realidade e aproveita o final feliz que recebeu com sua amada, com Gigantes e Deuses em harmonia.
Na primeira temporada, a série Netflix nos prometeu o titular Ragnarok, onde Deuses e Gigantes se enfrentam em uma batalha épica. Desenvolve o conflito ao longo de três temporadas, construindo também a expectativa sobre a batalha final, que os telespectadores esperam que aconteça em escala gigante. No entanto, por mais anticlimático que possa parecer, a guerra prometida não acontece. Em vez de lutarem e matarem uns aos outros, os Deuses e os Gigantes encontram um terreno comum onde depõem as armas e concordam com alguns termos que garantem a sobrevivência de todos. Se o show tivesse terminado com esta nota, provavelmente teria decepcionado o público. Para evitar isso, os criadores do programa viram uma oportunidade que não apenas entrega Ragnarok. Mas também cria um final muito mais intrigante que nem a guerra nem a paz poderiam ter proporcionado.
É claro que a guerra não acontece. Ragnarok não acontece, o mundo não acaba e todos sobrevivem. Toda a sequência da guerra, desde a morte acidental de Jan até a morte de Magne após sua luta final com a Serpente de Midgard, acontece dentro da cabeça de Magne, e ele vê tudo se desenrolar exatamente como nos quadrinhos de Thor que ele lia quando criança.
Sim, podemos considerar que o Magne era o Thor, e que ele e todos a sua volta realmente eram deuses e gigantes, e todo o final da série foi mega gratificante. Já que a série nunca foi sobre batalhas, a série sempre foi sobre o antigo vs o moderno.
Foi sobre os jovens, e como alguns desse jovens estavam sempre sendo controlados por adultos ruins, e pela velas geração que se recusava a mudar e aceitar a modernidade. O final sem uma batalha e com todos se dando bem foi otimista até demais, e eu sentindo quem não gostar. Mas a mensagem da série é exatamente essa, sobre mudança, sobre a nova geração ter a voz pra decidir mudar e em vez de entrar em guerra, fazer as pazes como gente civilizada. Até por que o mundo está em uma constante evolução, e nenhum dos deuses e gigantes está na idade média pra ficar lutando pra saber quem vai ser o maioral.
A série já indica que a trama é sobre revolução e mudança desde o começo, quando vemos a Isolde morrer. Ela era uma protestante que queria fazer a diferença. O arco do Magne ver ela por mais que eu detestasse ela. Ainda assim é o arco que a série sempre reforçou pra deixar claro a ideia de que a trama nunca foi sobre lutas, sempre foi sobre os novos ideiais da sociedade moderna. Eu mesmo ficaria triste se alguém morasse, eu adorei cada um dos perdoáveis. Até o Fjor que era insuportável tinha seus problemas pessoas, e faltava uma ppk pra ele acalmar sua animosidade.
Confesso que senti falta do Magne e da Saxa juntos no final, a química deles era ótima. Mas de resto a série terminar com a união dos Deuses e gigantes, e dando um final feliz e satisfatório pra todos eles foi perfeito na minha visão. Gostei da série do início ao fim, e super entendo quem não gostou. Porém talvez você não tenha gostado pq realmente você não entendeu que desde o começo o propósito da série era totalmente diferente das suas expectativas.
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