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Mansão Mal-Assombrada (2023) | Critica – Disney entrega uma boa dramédia, só falta o terror

Mansão Mal-Assombrada chega nos cinemas nessa quinta, e esse é o típico filme que poderia ter ido direto pro Disney+, entretanto ele ainda oferece uma experiência agradável no cinema.

Pra quem não sabe Mansão mal assombrada é uma atração dos parques da Disney. O primeiro filme de 2003 foi feito como uma forma de capitalizar encima da atração pra assim movimentar o parque. Mesmo que esse primeiro filme não seja bem avaliado, ele ainda é mega divertido.  Ver o Eddie Murphy gritando e correndo era um passatempo delicioso dos anos 2000 e e esse filme conseguiu entregar isso e muito mais, já tivemos uma boa história sobre união famíliar.

O filme equilibra momentos emocionantes com momentos cômicos, mas mesmo que o filme tente ele nunca se torna assustador.

Agora esse novo filme de 2023, é completamente diferente do filme anterior,  e na trama conhecemos o Ben Matthias (LaKeith Stanfield), um ex-astrofísico que se tornou um guia turístico frustrado que constantemente lamenta a morte da sua esposa Alyssa (Charity Jordan). A vida do Ben está triste e melancólica, e do nada um tal de padre Kent (Owen Wilson), aparece e oferta dois mil dólares pro Ben ir até uma mansão mal assombrada pra ajudar a Gabbie (Rosario Dawson) e seu filho Travis (Chase Dillon), a lidar com os espíritos malignos que ali habitam.

Embora inicialmente o Ben fique cético e só aceite o trabalho por conta do dinheiro, ele acaba ficando preso a aquela mansão até resolver o caso envolvendo esses fantasmas, e pra ajudar nesse caso temos um professor de faculdade que conhece a história da mansão (Danny DeVito), e uma médium hilária (Tiffany Haddish) que vai fazer contato com os espíritos.

Daí investigação vai, investigação vem, e os personagens vão encontrando as pistas pra conseguir resolver o mistério envolvendo os fantasmas.

O LaKeith Stanfield é um protagonista mega charmoso que consegue entregar uma boa carga dramática pro Ben, assim como o jovem Chase Dillon consegue entregar uma performance intensa e as vezes hilária vivendo um garoto solitário.  Ao longo da narrativa, o filme equilibra momentos emocionantes com momentos cômicos, mas mesmo que o filme tente ele nunca se torna assustador. É aquele tipo de terror familiar que nem as crianças assusta. A química entre o elenco é palpável, e isso torna a dinâmica do grupo central envolvente e carismática do começo ao fim.

Eu gostei que fizeram ele diferente do filme de 2003, pq temos duas histórias diferentes que conseguem ser unicamente divertidas.

O filme até que acerta em explorar relações familiares e a importância do apoio emocional em momentos de dificuldade.  A dinâmica entre Ben, Gabbie e Travis vai além de simplesmente enfrentar fantasmas, tornando-se um retrato tocante da importância de se apoiarem mutuamente durante tempos difíceis. Com isso recebemos uma reflexão sobre temas como perda, superação, família e amizade.

Entretanto não é só drama que tem no filme, já que quando o assunto é fazer rir a Tiffany Haddish e o Owen Wilson, fazem um bom feijão com arroz. Principalmente a Tiffany que me arrancou boa risadas. A personagem dela é aquele típico estereótipo de personagens maluquinhas e ela interpreta bem esse tipo  de personagem. Ela foi com certeza a minha favorita.

A direção do Justin Simien, conhecido por “Cara Gente Branca”, desde o início se mostra promissora  ao explorar temas como luto, vida após a morte e relações complexas, tudo isso ambientado na belissima cidade de Nova Orleans que foi é um acerto adicional do filme. Essa cidade é misteriosa e cheia de histórias que trazem uma nova camada pra narrativa do filme. Eu também curti que o filme homenageia a atração dos parques da Disney, recriando alguns dos cenários e também algumas experiências da atração.

Um sessão da tarde que não ofende ninguém.

Como eu disse esse filme é mais um Product placement do que um filme propriamente dito.  Aliás por falar em Merchandising a marca Burguer King apareceu aqui no filme e eu adoro isso, pq fiquei com vontade de comer uma batata frita deles. Contudo, mesmo com suas qualidades, o filme não escapa dos defeitos, primeiro que ele podia ser mais curto. Tipo ter 1h40 seria ótimo.

Também temos algumas piadas e situações que parecem forçadas, e algumas piadas podem não funcionar tão bem em português.  Além disso alguns personagens não tem aprofundamento. Mas pelo menos temos boas participações especiais,  e temos um vilão convincente, que consegue fazer umas boas maldades dentro do possível pra classificação indicativa do filme. Sei que o filme não vai agradar a todos. Porém ele é um sessão da tarde que não ofende ninguém, e eu veria ele novamente daqui a alguns anos.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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