O elogiado porem mal comentado Vingança a Sangue Frio de Liam Neeson é marcado por muitas mortes e se torna o filme mais divertido do ator.
Vingança a Sangue Frio (ou se preferir Cold Pursuit) está ligado a uma enorme polemica envolvendo o sr. Neeson, e isso está atrapalhando muito a visibilidade do filme, que na minha opinião é uma das farofas das boas do sr. Neeson, o filme em nenhum momento tenta ser sério, ele tenta ser o mais engraçado possível, até mesmo com suas mortes sangrentas.
Versatilidade é uma das coisas mais comuns no meio cinematográfico porem, Liam Neeson passou na frente e falou “vou fazer filmes de ação pro resto da vida”. Depois de inúmeras buscas implacáveis, de ficar 72 horas, sem escala, sendo um desconhecido passageiro (se você não entendeu essa frase da uma pensada e olhe o currículo do ator), o sr. Neeson já ficou conhecido como homem da ação, que tem que entregar um filme cheio de correria e momentos com lutas.
Com uma pegada de Fargo, uma mistura de vingança ao estilo de Kill Bill e uma pitada do recente Polar, Vingança a Sangue Frio se torna realmente gratificante, graças a presença de Liam Neeson. Adaptado de um filme norueguês de 2014 pelo seu diretor original, Hans Petter Moland, o novo filme mistura uma comédia estranha e faz com que a história continue cheia de muita violência, mas procura colocar uma trocas de diálogos que deixa o filme amigável.
Neeson é Nels Coxman, um homem de família honesto e admirado em sua pequena sociedade, ele é dono de um limpa-neves, onde seu principal trabalho é limpar as estradas da comunidade de esqui de Kehoe, fora de Denver. Mas quando seu filho é morto, por membros de uma operação de contrabando de drogas que erroneamente acreditam que ele os traiu. Nels se torna uma fera assassina e convencido de que seu filho não era um “drogado”, pois segundo o legista a causa da morte foi uma overdose de heroína, Nels faz uma busca para descobrir o que realmente aconteceu, eliminando gradualmente os membros da gangue em busca de saber quem é o culpado.
Então conhecemos por ordem de morte todos os capangas de Viking (Tom Bateman), que é um homem mimado e rico, mas que tem seus problemas pois vive em uma batalha de custódia com sua ex-esposa por causa de seu filho. Nels começa a matar um por um os capangas de Viking, e o vilão acaba achando que quem está matando seus capangas são os índios, de um grupo rival de traficantes de drogas nativos americanos. O filme incorpora umas reviravoltas de personagens, e faz com que a história se torne interessante.
Neeson obviamente interpreta um velhote nesse filme, é certo e claro, quando você vê sua dificuldade em andar, carregar os corpos das pessoas que ele mata e fazer inúmeras outras coisas – pra quem estava pulando em um trem em 2018 no filme o passageiro, parece que ele virou um velhote de 80 anos nesse filme -, embora isso não interfira significativamente na trama, isso é bem visível. Neeson contracena em poucos minutos com Laura Dern, que interpreta sua esposa, e está completamente perdida em sua personagem, até mesmo o alívio cômico que são policiais interpretados por Emmy Rossum e John Doman tem um papel melhor definido do que a esposa de Nels.
O filme no geral não tem nada de novo ou grandioso que se destaque na multidão de filmes do gênero. Porém o filme se destaca por mostra Neeson, arregaçando as mangas e matando caras maldosos só pra no final fazer uma amizade sincera com um garotinho e entrega uma matança grátis ao estilo de bang bang de filmes de época.
É um filme divertido….. mas não apresenta nada de novo.