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Critica | Unbreakable Kimmy Schmidt – 4ªTemporada

Unbreakable Kimmy Schmidt retornou com seu quarta e ultima temporada, apresentando vários sonhos e uma incrível jornada de caráter de todos os personagens.

A série que manteve fiel a sua ética moral e conceito implícito desde sua primeira temporada, vem apoiando movimentos como o #MeToo e assuntos polêmicos como abuso sexual. Tudo é criado em uma bolha cômica e cheia de bom humor, essa temporada foi um suspiro final para Kimmy, Titus, Lillian e Jacqueline. Contando com 12 episódios sendo divididos entre 6 lançados em 2018 e mais 6 lançados em 2019, a temporada conseguiu terminar com um grande avanço para todos os personagens.

UNBREAKABLE KIMMY SCHMIDT / Divulgação

A primeira metade da 4 ª Temporada terminou com Kimmy se decidindo entre ser uma pessoa diferente ou ser ela mesma, tudo isso com seu humor incomum, e junto de sua mochila entusiasta. Grande parte desta temporada explora as mudanças no mundo atual, relacionando o humor com assuntos sérios como gênero, abuso e ao Movimento #MeToo, tudo isso sendo introduzido a trama, sendo que cada personagem tem um arco próprio para tratar os assuntos delicados.

É perceptível como Kimmy era uma personagem insegura no mundo e no decorrer das temporadas, foi se aperfeiçoando até se tornar a melhor versão de sí mesma. Ela não só aperfeiçoou quem ela era como ela percebeu que mudar sua própria essência não era a solução, então ela preferiu se apresentar ao mundo como a maluquinha Kimmy Schmidt, e fazer com que o mundo em sua volta mudasse.

O medo de Kimmy por homens começou com o crédulo reverendo que prendeu ela e suas colegas naquele bunker por anos, mas mesmo ela tendo problemas para se relacionar com a figura masculina ela percebeu que poderiam mudar quem os homens do futuro seriam. Sendo esse o principal arco da personagem nessa temporada, ela se ateve ao mundo exterior e mergulhou na sua obra literária de fantasia juvenil. Para mudar os homens na sua melhor fase, enquanto são crianças, e você poderá ver como seu livro fez a diferença para toda uma geração e como ela cresceu com isso.

Ellie Kemper continua incrível no papel de Kimmy, ela é uma personagem que fará falta em meio de tantos seriados caóticos e estereotipados. Ela é uma personagem otimista que sempre vê o melhor nas pessoas, e provoca o melhor nelas. Mesmo que os outros ainda a vitimizem pelo seu passado, ela que deixar isso lá atrás e não quer ficar remoendo os acontecimentos, mesmo que para ela tudo que aconteceu criou uma ligação com suas antigas colegas encarceradas.

Mesmo que muitas coisas apresentadas na série pareçam irreais, tem alguns arcos apresentados que são reais até de mais, entretanto os roteiristas tentam suaviza-los, com artifícios cômicos, alguns deles chegam até a assustar, por apresentarem muito da sociedade atual. Dito isto, um dos episódios tem um arco inteiro com Titus, se submetendo a um fantoche abusador, para conseguir um papel televisivo, isso é muito do que está acontecendo atualmente com as estrelas do mundo cinematográfico, que agora estão tendo mais coragem e denunciando esses abusos. E mesmo se tratando de abuso, o show torna o caso em uma cena hilária e descontraída que ao mesmo tempo que faz você pensar, faz você rir. 

Nessa ultima fase da série, é perceptível como todos do elenco estão tentando encontrar seu lugar ao mundo.  Todos acabam se encontrando no ultimo episódio, e isso já era mai que óbvio, mas a temporada tem cenas cruciais que mostram eles crescendo aprendendo com seus erros.

Assim como Kimmy, Titus é o outro protagonista da série, ele é muito centrado no que ele semeia, e no que ele quer. E mesmo que seu romance não tenha dado certo, ele ainda espera que sua carreira deslanche. Ele entra em um enredo mais série na segunda parte da temporada, apresentando um arco inteiramente focado em sua carreira artística.

Jacqueline e Lillian ficam como step nessa temporada, para apresentarem momentos cômicos, sempre malucos e sem noção. O elenco está incrível como sempre, e as estrelas apresentadas nessa temporada acrescentam a trama momentos incrivelmente bons. E as histórias abordas e criadas são divertidas e o meu arco favorito foi o do musical Cats, que simplesmente é uma farsa. 

Matheus Amaral

Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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Matheus Amaral

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