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Critica | Uma Garota de Muita Sorte (2022) – Um ótimo filme impactante da Netflix

Uma Garota de Muita Sorte é o novo drama de mistério da Netflix, e esse é um daqueles filmes que você não tá esperando nada, mas ele até que te entrega algo sólido que te faz refletir.

Já deixo um aviso, esse filme tem diversos gatinhos, incluindo estupro, então já deixo avisado.

No filme nós conhecemos a Ani (Mila Kunis) uma mulher de prestígio que enfrenta constantemente problemas do passado, mas mascara tudo com um sorriso no rosto. Ela trabalha em uma revista em um cargo nada agradável, mas está esperado uma promoção. Enquanto isso seu distúrbio alimentar, a mantem com um corpo esbelto, e seu noivo, o bem sucedido Luke Harrison IV (Finn Wittrock), está prontíssimo pra se casar com ela.

Entretanto essa vidinha dela de bonequinha de corda começa a desmoronar, quando um documentarista, quer reviver um trauma do seu passado, que envolve um tiroteio na escola. Além de um estupro que quase ninguém sabe, mas que ainda abala muito seu psicológico. Esse longa navega pelo passado da Ani, e pelo presente dela, e mostra a raiz do seu trauma, e as escolhas para supera-lo.

O filme é baseado no best-seller de 2015 de mesmo nome e num acontecimento da sua própria vida, da autora dele Jessica Knoll.

A Knoll também escreveu o roteiro do filme, e olha eu curti bastante esse longa. Ele conseguiu balancear bem, o mistério, com o drama, e entregou uma história poderosa, e impactante, repleta de um sarcasmo ácido. Até me lembrou vagamente garota exemplar, principalmente pela maneira que a história é contada, e pelas narrações que são basicamente os pensamentos da protagonista.

Por falar em protagonista, a Mila Kunis é a alma e o coração desse filme. Ela tem muita garra no seu olhar, e suas expressões, fazem com que sua personagem se torne meio misteriosa. Ela também expressa implicitamente o trauma do seu passado. Cada pequeno toque, uma simples música, um simples comentário, tudo isso pode servir como um gatilho pra uma vítima que não só sofreu com um tiroteio, como também sofreu um abuso.

Tudo funciona tão bem nesse filme graças ao diretor de fotografia que conseguiu dar um toque estético e especial pra cada mínima cena.

No geral eu senti que esse é um daqueles filmes simples, que propositalmente querem ser impactantes pra te passarem uma mensagem bem mais comum do que imaginamos. A própria época que o filme se passa diz muito sobre ele.

Ele está acontecendo em 2015, e o movimento #MeToo é algo gritante durante esse longa. Então quando você termina a poderosa mensagem que ele queria passar acaba sendo absorvida pelo espectador, e temos um desfecho conclusivo pra história.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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