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Critica | Tolkien (2019)

Tolkien tem pouco tempo, para muita história e isso é um dos motivos para ele não ser perfeito, porém já afirmo que essa história pode te encantar de outra maneira.

A grande maioria das pessoas, deve conhecer J.R.R. Tolkien (1892-1973) o escritor de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, e se você é fã dele você deve estar muito empolgado com a história cinematografia sobre sua vida, mas o longa falha por não conseguir ir afundo na narrativa de quem era Tolkien – até por que a história desse escritor é vasta e requer mais que 1h52min.

Alguns fãs, podem ficar maravilhados, com o seu escritor favorito, estando nas telonas e sendo interpretado por Nicholas Hoult, mas outra parte ficará somente decepcionada. Até por que não devemos tirar o mérito do filme, pois ele se esforça para nos informar de todos os acontecimentos da vida do escritor, e mesmo sendo rico em apresentar diferentes atmosferas da vida dele, acaba que a gama de informações é tão grande que em alguns momentos a trama começa a ficar bagunçado e você se perde na linha temporal criada pelo filme.

Ninguém pode culpar o fantástico Hoult, que tem um talento e uma energia frenética durante sua interpretação do jovem John Ronald Reuel Tolkien, ele estava bem preparado para viver o autor e acabou que pela própria confusão dos cineastas seu papel foi se tornando imaginativo e acabando se perdendo nas linhas do roteiro complicados. Enquanto Lily Collins é um mero artificio, para o filme, onde a atriz é um pivô usado no começo no meio e no fim. Mas a história central é em torno de quem ela foi para Tolkien.

E falando em roteiro, os responsáveis são David Gleeson e Stephen Beresford, que analisam a história do escritor tão frivolamente que o diretor Dome Karukoski, deve ter ficado sufocado de tanta pressão em trazer as diferentes épocas para a narrativa. Por ser um filme da Fox Serchlight eu já esperava um dramalhão cansativo, mas aqui encontrei um filme de amizade e de companheirismo que não era o que eu esperava a principio e por esse motivo digo que o filme não é inútil. Ele tem seu valor para não só mostrar a vida de Tolkien mas sim para mostrar sua relação de amizade com seus ex-companheiros.

O roteiro esboça com clareza os detalhes biográficos, como quando Tolkien, foi um órfão sem dinheiro, que vivia com seu irmão mais novo Hilary (James MacCallum, que simplesmente apareceu em míseros 10 min) em uma pensão inglesa, conforme a vontade de seu tutor, o padre Francis (Colm Meaney). Sendo que nessa mesma pensão Tolkien conheçe Edith Bratt (Collins), que o Padre proibia dos dois se apaixonarem achando que ela ia prejudicar suas chances de ganhar uma bolsa de estudos para Oxford.

Nesse momento sem muitas amizades e depois de algumas desventuras que Tolkien, conhece Christopher Wiseman (Tom Glynn-Carney), Robert Gilson (Patrick Gibson) e Geoffrey Smith (Anthony Boyle). Os quatro amigos formam uma sociedade secreta chamada TCBS (Tea Club e a Barrovian Society).

E essa história de amizade que me cativou e mostrou que o filme não era uma perda de tempo, porém dai começa as partes mal introduzidas, com o enquadramento mostrando os dias de Tolkien na escola e seu tempo horrível nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial durante a Batalha de Sommes. Enquanto víamos as vibrantes peripécias do grupo de jovens, também víamos Tolkien com febre das trincheiras, que fizeram ele ter alucinações com dragões e coisas fictícias, de sua mente.

Além do já mencionado o filme está repleto de referencias aos livros do autor – que se você é fã você saberá – mas a construção da real história acaba saindo do seu foco principal, e importantes acontecimentos acabam virando blocos, feitos com fade-in, até porque na real mensagem do filme os escritores quiseram construir um longa biográfico, que acabou sendo um longa de amizade. E se prepare pois essa história de amizade é tão forte que no final, pode ser que caiam algumas lagrimas.

Matheus Amaral

Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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