Em 2020 durante a pandemia, um filme despretensioso chamado “Becky” foi lançado e se tornou um sucesso inesperado, e agora recebemos uma continuação tão divertida quanto o primeiro, chamado “The Wrath Of Becky”, que continua a saga da nossa vingadora mirim.
O primeiro filme apresenta a história de uma garota que mata vários neonazistas, e tivemos uma experiência deliciosa, divertida e descontraída, especialmente considerando seu baixo orçamento. Eu não esperava nada do filme, mas ao terminar, fiquei com um sorriso no rosto.
Agora, em 2023, lançaram uma sequência chamada “A Ira de Becky” que mostra o que acontece com Becky após o primeiro filme, e pra mim, essa sequência já se tornou uma espécie de novo “John Wick”, mas com uma garotinha como protagonista. A personagem de Becky é maravilhosamente sádica e simpática, e a atriz que a interpreta a Lulu Wilson, faz um ótimo trabalho.
O primeiro filme foi incomparável, com uma premissa original que funcionou bem durante toda a sua duração. Já o segundo filme tenta iniciar uma franquia e deixa um gancho para um possível terceiro filme. Mas em geral, ele fecha o que precisa fechar e é agradável de assistir.
Uma das coisas que mais gosto em “The Wrath of Becky” é que desde o primeiro segundo, ele não aparenta ser um filme complexo ou que exija muito pensamento. Ele não é uma montanha-russa desenfreada, como acontece geralmente no último ato. Em vez disso, o filme queima lentamente, entregando uma perspectiva dos personagens, o que torna a morte deles no final até gratificante.
O filme constrói os personagens de forma direta e eficiente, sem enrolação. A trama da sequência mostra Becky tentando se encaixar em uma nova família adotiva depois de perder brutalmente seus pais no primeiro filme. Ela encontra Helena, uma velhinha acolhedora, e eles desenvolvem uma relação afetuosa. Enquanto isso, Becky trabalha como garçonete e tenta reconstruir sua vida.
No entanto, Becky acaba irritando as pessoas erradas na lanchonete onde trabalha, o que desencadeia uma série de eventos que a levam a buscar vingança contra aqueles que a fizeram sofrer. Ela utiliza suas habilidades de maneira semelhante ao primeiro filme, criando um jogo de gato e rato, e apesar de algumas incoerências e cenas questionáveis esse filme entrega muito o prometido, a atuação está ótima.
Além disso a participação especial do Seann William Scott (nosso Stifler de “American Pie”), como um vilão antagonista é algo animador pra essa trama. A direção do filme utiliza ângulos de câmera inventivos, principalmente nas cenas de morte, e a maquiagem é bem feita, tornando as cenas impactantes. Os figurinos também são destacáveis, especialmente o icônico vestido vermelho de Becky. O filme tem um potencial promissor, e acredito que os espectadores vão apreciá-lo tanto quanto eu.
Nós usamos cookies pra melhorar a sua navegação!