Tem alguém na sua casa é um filme que começa muito bem, mas toma um rumo desanimador.
Como já habitual em filme slasher de serial killer, o começo tem uma morte que abre a história, e aqui nós vemos um assassino mascarado matando o jogador de futebol Jackson ( Markian Tarasiuk ), e mesmo que eu já tenha visto cenas de abertura melhores, essa cena apresentada aqui foi interessante, e trouxe um inicio animador, brutal e violento pra esse filme.
Daí logo depois dessa morte, nós conhecemos os protagonistas do filme, que inclui a Final Girl, Makani Young ( Sydney Park ), que é uma estudante recém-transferida do Havaí, que tem uma história conturbada envolvendo sua antiga escola. Também conhecemos o Alex ( Asjha Cooper ), o Rodrigo ( Diego Josef ), o Zach (Dale Whibley) e a Darby ( Jesse LaTourette ). Esses jovens formam aquele típico grupo de excluídos, já que todos tem seus problemas. Um é viciado em medicamentos. O outro tem um pai emocionalmente abusivo. A Darby, por exemplo é uma personagem não binária que é humilhada publicamente pela cristã e conservadora Katie Koons ( Sarah Dugdale ). Enfim todos acabam formando esse grupo de rejeitados.
O filme também acaba trazendo um personagem gay do time de futebol, o Caleb Greeley ( Burkely Duffield ), como um possível assassino do Jackson. Mas esse personagem acaba nem ganhando tanta profundidade. Daí aos poucos a trama do filme começa a jogar várias pequenas suspeitas de quem é o assassino, e por que ele quer expor os segredos das pessoas.
Pra quem não sabe esse filme é baseado no livro de mesmo nome da Stephanie Miller, e o roteirista Henry Gayden (Shazam!), simplesmente copiou tudo do livro em um roteiro muito similar. Porém graças a direção do direção de Patrick Brice, o filme conseguiu desenvolver os personagens de uma forma interessante, conseguiu também ter boas mortes, com destaque pra segunda morte do filme que foi a minha favorita, e ele também entregou um desfecho aceitável.
Mas o filme tem um problema de ritmo, e clímax me pareceu muito apressado. Aquela festa na casa Zach, logo no segundo ato do filme é terrivelmente mal posicionada, e pra piorar tivemos a morte mais tosca do filme nessa cena. Foi a cena que mais me deu vergonha alheia. Depois disso as cenas começam a ser muito longas e desnecessárias e super aleatórias. Sendo que a maioria dos personagens foi jogado pra escanteio, e só apareceu no último ato do filme.
Falando nesse último ato, quando chegamos no desfecho do filme e vemos a labirinto de milho. A trama novamente dá uma guinada, e descobrimos quem era o real assassino. Porém eu não sei vocês, mas antes da descoberta eu já sabia quem era. Além disso achei as motivações do assassino patéticas, e bem sem sentido.
O grande problema desse filme foi o roteiro do Henry Gayden, que seguiu o livro ao pé da letra, e isso deixou o filme muito romantizado, já que ele esqueceu que esse era um thrillers de serial killers. Esse tipo de filme precisa de nuances pra desenrolar a história. Então mesmo que o filme tenha atuações convincentes, mortes boas, e seja bem dirigido, o roteiro foi mediano fazendo assim o filme não ter bilho. Porém ainda assim esse filme é um entretenimento momentâneo pra ser assistido nesse mês de outubro. Dá pra se divertir assistindo.
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