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Critica | Spiderhead (2022) – Filme cheio de potencial, mas que falha muito

Spiderhead tem muito conceito, e muito potencial, mas aos poucos tudo é jogado fora, e temos um filme mimamente dizendo vazio. Porém ainda dá pra tirar proveito de algumas coisas. Todo mundo julgou o pobrezinho do Interceptor, o filme protagonizado pela esposa do Chris Hemsworth, e ele por ser um bom marido falou “amor eu vou fazer um filme pior, pra todos pararem de falar mal do seu filme” e dito e feito.

Spiderhead é um filme que te prende no começo, mas perde o fôlego muito rápido, e te passa uma sensação que tá andando em círculos.

Em Spiderhead vemos prisioneiros trocando suas penas na prisão convencional, pra se tornarem cobaias do Steve Abnesti (Hemsworth), um magnata que tá conduzindo testes médicos com drogas experimentais, que tem nomes super criativos, e malucos. Nosso personagem central é o Jeff (Teller), um cara que foi pra cadeia por dirigir alcoolizado, e ter causado a morte de um amigo em acidente de carro.

A principio, o Jeff e Steve parecem ter uma relação de trabalho bem ética e transparente. O Jeff se sente confortável em receber a dose das drogas, e o Steve fica feliz em ele dar feedbacks sobre essas drogas.

Drogas essas que são super doidas. Mas no final temos uma reviravolta nada empolgante que acaba destruído tudo que o filme vinha construindo. E enquanto o Jeff se submete a vários testes, ele também encontra o amor verdadeiro na Lizzy (Smollett), uma colega de prisão que trabalha na cozinha. Mas o Jeff parece nunca conseguir seguir em frente com sua vida, tudo por conta do acidente que também afetou a vida da ex-namorada Emma.

O filme segue por 1h40 mostrando essa trama dos testes científicos, e sinceramente nada é surpreendente, tudo está muito na cara desde o ínicio.

Toda a trama de ficção científica poderia ter sido melhor tratada, e mais convincente, porém o filme acaba se tornando um episódio ruim de Black Mirror, em vez de um filme criativo e inovador. Temos atuações mais do mesmo, que não se destacam, tirando o Miles Teller, que foi um protagonista com muitas camadas. Enquanto o Chris Hemsworth foi um vilão bom, porém caricato que mais me fazia rir, em vez de me deixar perplexo com toda a loucura. Sendo que o auge do personagem dele foi no final cafona. Que me deixou sem palavras.

Enfim, todo o conceito do filme era ambicioso, ele tinha uma ambientação ótima, e teve um início promissor. Entretanto o desenrolar das coisas é tão desprovido de emoção, que você ao mesmo tempo que quer saber o final, você também quer que ele acabe.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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