Critica | Sky Rojo (2021) – 1ªTemporada – Uma nova e emocionante história do Alex Pina pra Netflix

O Álex Pina é um escritor fenomenal que sabe criar séries criminais como ninguém, e desde de La Casa de Papel nós vemos o potencial dele pra uma boa história, e Sky Rojo é sua nova aposta, criminal, que tem seu lado cômico e sombrio, muito bom.

Em Sky Rojo, conhecemos a Coral (Verónica Sánchez), a Gina (Yany Prado) e a Wendy (Lali Espósito) três prostitutas que fogem do bordel onde trabalhavam. Nessa fuga elas deixam o cafetão Romeo (Asier Etxeandía) gravemente ferido. A partir dai os capangas do Romeo, que são os irmãos, Moisés ( Miguel Ángel Silvestre) e o Christian (Enric Auquer), iniciam uma caçada por essa três.

Sky Rojo é uma série com uma premissa simples, que ao longo dos episódio, começa a caminhar pra um destino realmente sombrio.

Durante todos os episódios a série consegue fazer uma critica social a prostituição. Mas a maior parte da série tenta usar o humor pra distrair o público de todas as cenas angustiantes. Então uma das coisas que mais curti aqui na serie é que eles equilibram temas sérios, com humor ácido.

As três protagonistas são a cola que une toda a trama, elas tem uma química fenomenal e fazem a jornada maluca e emocionante das personagens funcionar muito bem na tela. Elas conseguem pontuar o ritmo da história, a medida que conhecemos mais sobre o passado de cada personagem. Porém uma das coisas que falta aqui em Sky Rojo é ambientar melhor as motivações das personagens. Mas eu adorei tanto as atuações das atrizes, que eu simplesmente fiquei hipnotizado.

Algumas desculpas sobre o passado delas, na minha visão foram vazias, então isso acaba dando uma história backdoor ruim pra nossas protagonistas.

Eu preciso destacar que a atuação da Sánchez é uma das mais presentes na série, ela interpreta a personagem Coral com um pulso firmo, e isso ajuda as meninas em muitas situações. Já a Prado como a Gina traz momento engraçados (com direito a um plano armado como se fosse um desenho animado.. vocês vao entender), e a Espósito como a Wendy traz um lado mais sentimental pra toda essa história.

Enquanto do lado dos vilões, todos eles tem uma atuação coerente (eles realmente fazem várias maldades), porém a relação de irmão do Moisés e do Christian não me convenceu tanto, eu odiei o Christian em tantos níveis, que simplesmente quando ele aparecia o ranço se instaurava em mim.

Já sobre a estética da série, pra mim o Alex Pina realmente se inspirou em alguns filmes do Tarantino, já que a série tem cenas ameaçadoras e chocantes, mas ao mesmo tempo são cenas cômicas. Porém eu também senti uma pegada de Vis A Vis El Oasis, misturado com As Golpistas. Além disso a trilha sonora da série até que é bom, e bem pontuada, enquanto o grande defeito que eu encontrei, foi o roteiro, que faltou elaborar melhor os personagens, e a jornada deles.