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Critica | Sick (2023) – O ‘Pânico’ ambientado na época do COVID

A escritora novata Katelyn Crabb se juntou ao reizinho, Kevin Williamson conhecido como o escritor do primeiro Pânico, e os dois escreveram, Sick um filme ambientado em 2020 na época do COVID.

Temos aqui um Slasher misturado com filme de invasão domiciliar, que marca a volta do Kevin aos filmes de terror.

Sick começa nos lembrando de abril de 2020, onde a pandemia de COVID estava matando várias pessoas, e a quarentena estava em vigor, daí temos uma ótima cena de abertura que quero conversar sobre ela na parte com spoilers, mas já deixo claro que adorei que recriaram as icônicas cenas de abertura de pânico, com um personagem x que não conhecemos sendo perseguido.

Depois disso conhecemos nossas duas protagonistas, a Parker ( Gideon Adlon ) e sua colega de quarto da faculdade a Miri ( Bethlehem Million ), elas vão pra casa do lago da família da Parker, já que a faculdade fechou por conta da pandemia, e a Miri é muito cautelosa com os parâmetros da OMS, e ela segue todas as regras e sempre lembra a Parker de fazer o mesmo. É interessante ver o filme retratar o medo ao COVID, já que nessa época em 2020 muitas pessoas tinham uma grande insegurança sobre o que era o COVID e como ele agia no nosso corpo.

O filme tenta usar o humor pra retratar algumas cenas que seriam tensas em 2020. Então vemos pessoas limpando alimentos com lenços humedecidos, vemos a falta de papel higiênico no mercado, ou até mesmo uma pessoa se recusando a ajudar a outra por conta da ausência de mascara. Ah e claro, temos as festas de quebra de quarentena que eram frequentes nessa época.

O grande chamariz desse filme é na verdade o momento que uma pessoa mascarada invade a casa da Parker e nos deixa só esperando o seu bote.

A tal invasão a casa da Parker é sorrateira e silenciosa. Enquanto esperamos o ataque inevitável também somos levados pra um sub enredo que envolve um ex-peguete da Parker, o DJ (Dylan Sprayberry ) que chega na casa do lago sem avisar, e ele quer tirar satisfação com ela do por que ela beijou um tal de Benji ( Logan Murphy ), em uma das festas de quebra de quarentena.

O filme leva um certo tempo do primeiro ato pra desenvolver esses três personagens, mas isso é necessário pra conhecermos melhor eles, e entendemos melhor como cada um liga com as situações. Também conhecemos nesse tempo o ambiente da casa onde tudo vai acontecer, e depois disso é aí que o ataque do cara mascarado começa, e temos uma correria frenética que só acaba quando o filme termina.

Eu como um grande fã de pânico amei que esse filme se tornou o pânico da pandemia.

Eu gostei muito desse filme por que o Kevin Williamson, tem um certo padrão pra construir suas histórias. O roteiro teve sustos leves mas bem feitos, teve piadas certeiras que nos fizeram rir e ficar com ódio, teve cenas de perseguição inteligentes que tinham sangue e tentavam sair dos típicos tropos desse estilo de filme, e também teve uma trilha sonora que sempre intensificava as cenas de ação.

Tudo isso funciona muito bem graças a Gideon Adlon que entrega uma ótima performance como a Parker, e a cenas dela encima do palet no lago, foi uma das melhores do filme. Eu suei de nervoso. A única coisa que não curti muito em Sick foi a motivação do assassino, que me pareceu meio boba. Porém esse final do filme que revela a motivação vai ser o ponto divisivo do filme, onde algumas pessoas vão ficar do lado dos assassinos, e outras vão ficar do lado das meninas.

Alías até quero saber qual o lado vocês ficam… comenta ai embaixo.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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