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Critica | Seis Vezes Confusão (2019)

Uma comédia bem segmentada, que não atingirá todo o publico da Netflix, mas ainda assim vai divertir o público que ama o Marlon Wayans.

Acompanho Marlon, desde Todo Mundo em Pânico e As Branquelas, que até hoje me fazem rir muito, com a comédia pastelão. Mas o Marlon e a família Wayans em um geral, já não fazem uma comédia boa para os cinemas faz anos, e o Marlon depois de ter sua série “Marlon“, cancelada pela NBC, achou um nicho de mercado pra atingir, esse nicho foi encontrado na Netflix, com uma comédia pastelão ao estilo de Tyler Perry e Eddie Murphy, que já fizeram isso com (Um Funeral Em Família e Norbit), e assim como os dois filmes anteriores, Seis Vezes Confusão é um filme difícil de engolir.

“Nu”, foi o primeiro filme do Marlon, pra Netflix e agora “Seis Vezes Confusão” chegou pra tentar ser um consolo, no quesito comédia relativamente branda. Marlon criou diversos personagens exagerados e estereotipados, que criam problemas em volta de sí mesmos diante da dinâmica familiar.

Alan é o centro de tudo e o personagem que tenta, reunir toda a família, o bodyfitters é usado e abusado no filme, assim como a tecnologia CG, que também foi usada em outro filme do Marlon “O Pequenino”. O engraçado do filme é que ele não tenta criar uma narrativa. Ele simplesmente foca em mostrar uma busca de irmãos, orquestrada por Alan. O resto não é desenvolvido. A premissa mostra o Alan e sua esposa, Marie (Bresha Webb), esperando uma criança, e então do nada ele decide rastrear sua família biológica, isso faz ele ver que sua mãe biológica está morta, mas ele acaba encontrando o Russell, uma versão dele mesmo, extra gorda. Em um certo momento Alan localiza sua irmã Dawn na prisão, e ela começa a roubar cena, com sua exagerada emoção. Ela tem cabelo trançado e unhas fluorescentes, e é daquelas mulheres que não leva desaforo pra casa.

A grande diferença e o destaque do filme, ficam pela presença uni presente de todos os Marlons em tela, a direção de Michael Tiddes preza em mostrar todos eles em um mesmo take, usando um divertido e imperceptível jogo de câmera.

Pra completar o time de irmão, Ethan é um traficante de dentes de ouro que se veste e fala como um cafetão dos anos 70; Jasper tem cabelos ruivos e uma aparência mais clara e Baby Pete foi atingido por um caso de paralisia infantil (que mostra uma cama grande, para um corpo pequeno e uma cabeça grande) e para sobreviver ele precisa de um rim – o de Alan, é claro.

Foi difícil rir durante o filme, mas a Dawn foi a única que rendeu pelo menos uma risada, o filme ainda assim conseguiu colocar um carro voando, uma perseguição frenética, pole dance, e diversas outras artimanhas para um filme de comédia realmente funcionar como comédia. Com a escassez de comédias nos cinemas, e com os filmes da Netflix, não sendo um grande destaque em meio de diversos outros, esse longa pode até ser um divertido filme para o final de semana.

Matheus Amaral

Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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Matheus Amaral

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