Critica | Réplicas (2019)

Nós estamos preparados para morrer e virarmos réplicas? O filme estralado por Keanu Reeves é uma grata adição ao seu vasto currículo, repletos de thrilles e longas de ação.

Keanu Reeves já conta com filmes renomados em sua carreira como Velocidade Máxima, Matrix e a Trilogia de John Wick, e nesse novo longa ele vive um cientista, que trabalha em um projeto de réplicas, e quando um acidente provoca a morte de sua família, ele logo transforma sua família em réplicas. O filme entrega uma experiencia sólida, de uma interatividade futurista, ainda não alcançada, que pode ou não ser o nosso futuro. Keanu Reeves tem o dom de fazer filmes ruins se tornarem bons, somente com seu carisma, Réplicas é produzido por Reeves que também tem quase todo o tempo de tela no filme.

 

Dirigidor por Jeffrey Nachmanoff o filme tem uma ideia promissora, que não passa só da ideia, por que tudo é muito superficial, desde o momento que ele pensa em transformar a família em réplicas, até o momento do roubo dos itens para isso, ficando no ar a pergunta, Como uma empresa que replica pessoas não tem uma segurança reforçada? Usando das técnicas mais árduas de Reeves o filme vira um grande loucura, cheio de perseguição e correria e por conta disso se torna uma farofa muito boa.

O filme começa com um enredo promissor apresentando William (Keanu Reeves) trabalhando em um projeto onde mapeia o cérebro humano e coloca em um robô. Mas o celebro e o robô não se conectam, e o robô começa a arrancar partes do próprio corpo, então o infame chefe (John Ortiz) briga com ele, mas ele percebe que está atrasado para a viagem de fim de semana e corre para casa. Chegando em casa, logo ele parte com sua família para uma típica viagem estereotipada, que teve até a brincadeira, ‘Eu Vejo Com os Meus Olhinhos’, a noite estava chuvosa e eles acabaram batendo o carro e capotando, até que caíram em um lago e o único sobrevivente do acidente é William que logo liga para seu amigo do trabalho.

Então o amigo de William (Thomas Middleditch) o ajuda a clonar sua família, com exerção da filha de mais nova, pois não haviam capsulas de clonagem suficiente. 17 dias se passaram e os clones estão prontos, e o que pareciam no trailer amebas sonsas andantes, no filme as réplicas são muito inteligentes, e rápidas quase melhores que os originais. O filme a partir desse momento segue, Reeves tentando se adaptar a nova família, enquanto ele concilia o trabalho.

Thomas e Keanu, tem uma química inegável em alguns momentos parecem que realmente são amigos a um bom tempo, antes de fazer as réplicas William foi avisado,  sobre os testes que sempre deram errado. Num certo momento a esposa de William, interpretada por Alice Eve começa a sentir um vazio, isso por conta que ele retirou as memorias não só dela mas de toda a família, sobre a filha mais nova, para eles ela nunca existiu, entretanto todos eles sentem falta de algo.

William teve que fazer uma escolha entre quem trazer de volta e ele escolheu deixar a filha mais nova Zoe, como nunca tivesse existido. A principal função do filme é apresentar Reeves trazendo sua família de volta, e como isso pode afetar quem eles eram. Réplicas consegue mesclar gêneros, como SyFy, ação, drama, comédia e suspense, e fazer uma mistura agradável. O filme não tem um vilão implícito, e quando vemos o grande vilão da trama percebemos que ele não tem nada de grande e serve só parar dar uma desfecho com ação.