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Critica | Periféricos (S01E01 e 02) – a série da Amazon Prime Vídeo que você precisa assistir

A tadinha da Chloe Grace Moretz tá numa maré de azar interminável. Se vocês notarem ela tem feito muitas bombas ultimamente. Mas será que Periféricos da prime vídeo chegou pra quebrar esse ciclo?

Periféricos é uma série de ficção científica muito envolvente, que te prende muito logo no primeiro episódio.

A série te prende tanto que você nem sente o tempo passar. Eu sinceramente não tinha visto que os episódios tinham 1 hora de duração. Só fui descobrir isso quando estava em 50 minutos do segundo episódio, e eu pensei. Será que já tá acabando, e realmente tava. Mas tipo eu fiquei duas horas assistindo sem nem perceber. Isso é um bom sinal, já que eu sou extremamente impaciente.

Uma das coisas que mais me deixou alucinado nesses episódios iniciais, foi a construção do universo que a série se passa. Eu sou apaixonado por narrativas futuristas, e por tecnologias não inventadas.

Tudo que é lúdico e quase impossível me chama a atenção, e a proposta dessa série gira em torno disso.

A série já se inicia no futuro, no caso em 2032. Onde conhecemos a Flynne (Chloe Grace Moretz), uma garota que cuida da mãe doente, junto com seu irmão veterano de guerra Burton (Jack Reynor). Ela trabalha em uma loja de impressoras 3D, e o irmã ganha dinheiro com jogos virtuais de guerra que são super realistas de. Na verdade os dois ganham dinheiro esses jogos já que a Flynne é muito mais ágil no jogo que o Burton já que ele tem PTSD e indiretamente isso afeta o desempenho dele. Além disso eles não só ganham dinheiro pra sustentarem sua vida nada agradável, mas também juntam dinheiro pra comprar os remédios paliativos da sua mãe.

Um certo dia o Burton pede pra Flynne testar uma nova tecnologia futurista, que promete te imergir no jogo de uma maneira nunca vista antes. Ela então coloca o capacete do jogo, e rapidamente sua consciência é transportada pra uma Londres futurista em 2099, onde você controla tudo com sua mente. Porém esse tal jogo que oferece recompensas monetárias pelas missões, não é aquilo que parece ser, e num certo momento a Flynne descobre que essa doideira não é apenas um jogo.

A série trás um conceito doido de viagem temporal da sua consciência.

Um dos maiores pontos positivos de Periféricos é o mundo fascinante e inexplorado que temos nesses dois primeiros episódios. Tudo é feito com muitos detalhes, os efeitos são colocados em momentos específicos mas funcionam bem, a tecnologia apresentada aqui na série faz você ficar interessado pra saber mais sobre o potencial dela, e também a gente fica com um gostinho de quero mais querendo entender sobre os robôs, sobre os carros invisíveis, sobre as armas de choque letais.

Sendo que as cenas de ação servem pra trazer um dinamismo necessário pra gente nunca ficar entediado. Então temos um tiroteio no escuro com drones usando leitura de calor. Temos uma briga com um robô futurista dentro de um carro em movimentos.

Claro tudo isso só funciona bem graças a performance convincente do elenco.

A Chloe Grace Moretz é um dos grandes destaques, sua performance como uma garota obstinada e amorosa, e sua nuance ao interpretar duas versões de sí mesma, faz com que a gente se importe com ela, e simpatize com suas motivações. Enquanto o Jack Reynor se mostrou um bom ator em Midsommar, e aqui na série ele tem um bom papel de apoio, e pelo visto ele terá boas cenas de ação durante a temporada. Porém o vilão da história não me convenceu muito nesses primeiros episódios. Senti o ator caricato e brando pra viver um vilão. Ah e claro temos o Wilf, um personagem misterioso que provavelmente será o responsável por algumas reviravoltas. Ele é o cara que contrata a Flynne pra algumas missões.

A série também conseguiu trás debates filosóficos que te fazem pensar.

Se fosse eu nessa situação. Será que eu obedeceria a essa tal pessoa, pra conseguir uma cura pra minha mãe que tá morrendo? Será que tudo isso que eu to vendo nesse jogo é real? Como acreditar na realidade se estamos em uma espécie de experiencia imersiva com um capacete. Toda essa doideira até me lembrou do belíssimo filme todo lugar ao mesmo tempo. Isso é um baita elogio pra essa série.

E claro a gente não poderia esperar menos do escritor Scott B. Smith que escreveu ‘As Ruinas’ tanto o livro quanto o filme. Se você já viu meu vídeo sobre o filme você sabe o quanto ele é doido, filosófico, e bem ambientado, igual essa série. Claro os produtores de Westworld que também estão na produção de periféricos ajudarem a deixar a série com uma carinha futurista, sendo que ela é baseada no livro O Periférico do William Gibson, e que pelo que eu entendi esse é o primeiro livro de uma trilogia. A Amazon tem a faca e o queijo na mão basta eles usarem isso pra construírem uma boa série.

Me conta se vocês pretendem assistir Periféricos.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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