Perdidos no Espaço chegou ao fim com sua 3ªTemporada, e aqui está um pouco do final da série.
A minha jornada com Perdidos no Espaço começou lá em 2018, quando a primeira temporada foi lançada na Netflix, e eu me lembro de ter achando essa temporada inicial mediana. Mas mesmo assim continuei a série, e eis que então em 2019, a Netflix lançou a 2ªTemporada que foi muito boa e cheia de momentos intensos. Agora em 2021 a família Robinson chegou ao seu destino, na temporada final da série que foi intensa, frenética e acima de tudo muito emocionante.
Essa 3ª temporada de Perdidos No Espaço teve um atraso de 1 ano na produção por conta do COVID, e isso fez com que os atores crescessem. Principalmente o Maxwell Jenkins que interpreta o Will (ele ficou mais alto que a Dra. Smith, e ela até fala isso pra ele), porém mesmo que os atores tenham crescido. Mas a série conseguiu dar uma contornada, e já iniciou essa terceira temporada falando que os adultos e as crianças se separarem no final da 2ªTemporada, e demoraram 1 ano pra se re-encontrarem.
Enquanto os adultos tavam garimpando vários planetas e se escondendo dos robôs assassinos, as crianças tavam enfrentando seus próprios dilemas em um planeta desabitado. Ao mesmo tempo tavam tentar concertar a Júpiter 2 pra irem até seu destino em Alpha Centauri, e também tentando re-encontrar seus pais.
Esses dois grupos de colonos estavam divididos, e a dinâmica deles separados é muito boa, e rende momentos interessantes, onde podemos ver como é difícil pros Robisons ficarem separados. O Will e a Judy ficaram responsáveis por coordenar as 97 crianças, enquanto a Penny ficou divida entre dois meninos que ela tava gostando. Nós sabemos que a Judy é a mais velha, e consequentemente é a mais responsável. Enquanto o Will tem o robô e esses dois foram aquela pareceria sem igual, já a Penny é a irmã do meio que tem seus momentos na temporada, mas ela acaba não sendo tão presente quanto os outros dois.
Enfim depois de muito tempo separados, no final do episódio 2 temos uma leve centelha de esperança quando a Maureen e o John re-encontram o Espantalho, e se comunicam com o Will e a Penny pelo Robô. Enquanto esses 4 tavam conversando por chamada de áudio, a Judy tava conhecendo pela primeira vez seu pai biológico Grant Kelly, que tinha desaparecido na viagem especial da nave Fortuna e nem sabia da existência de uma filha. Esses dois momentos foram lindos, e a emoção dessas duas cenas até me fez marejar os olhos.
Porém mesmo com essa comunicação entre os Robinsons, eles só foram se encontrar pessoalmente no episódio 4, quando os robôs assassinos tavam caçando a todo momento o Will, e também tavam prontos pra matar os pais de todas as crianças, daí nesse momento o impossível aconteceu. As crianças distraíram os robôs com a Júpiter 2, e acoplaram nas outras Júpiters usando a Fortuna.
Toda esse arco dos primeiros episódios da temporada foi muito focado em desenvolver a relação da Judy com o seu pai Grant Kelly, e aos poucos nós vimos como esses dois são iguais, mas ao mesmo tempo são diferentes. Foi interessante ver a dinâmica naquela cena das rochas, que foi super tensa, e foi ainda melhor ver que os dois se uniram e conseguiram pilotar juntos a Fortuna pra salvar todos os adultos.
Por falar dos adultos, graças aos Robinsons todos eles chegaram a Alpha Centauri no final desse episódio 4, porém como a vida dos Robinsons não é fácil, eles ainda tiveram mais alguns momentos tensos até chegarem ao seu destino em Alpha Centauri. O Don West, a galinha Debbie, e a Dr. Smith, também acompanharam eles nessa jornada tensa. Que teve desde monstros Aliens engolindo a Júpiter 1, até desenvolvimento da relação de mãe e filha da Maureen e da Judy.
Eu simplesmente adoro como os roteiristas escrevem a Judy, ela é muito resiliente, muito inteligente, muito metódica, e acima de tudo ela tem uma casca grossa entorno do coração. Porém no episódio 5 ela passa um tempão com a mãe dela, e conseguimos entender melhor como a relação das duas é frágil, e também entendemos um pouco do passado da Maureen. Foi um bom episódio pra desenvolver melhor essas duas personagens.
Depois desse episódio 5 todo focado na relação de mãe e filha da Maureen e da Judy, quando chegamos no episódio 6 nós percebemos que esse episódio é focado no Will tentar salvar a todos. Pra isso ele se sacrifica pra falar cara a cara com o SRA, essa cena foi de partir o coração.
Mas pra falarmos disso, temos que lembrar que o Will lá nos primeiros episódios descobriu um pouco mais sobre a raça de aliens que construiu os robôs, e tenta falar pro SRA que essa raça tá morta por algum motivo, e os robôs não precisavam continuar fazendo maldades, já que os humanos são do bem.
Porém o robô passa a perna no Will e fala pra ele, que na verdade. Ele matou todos daquela raça, e que agora tem que matar o Will, já que ele foi o responsável por deixar o robô bonzinho. Essa cena do robô assassino apunhalando o Will no coração, me fez chorar. Ele narrando a própria morte, foi lindo demais, enfim só de falar eu já fico triste.
Mas a gente sabe que os Robinsons não iam deixar o Will morrer, e a única alternativa deles era ir pra Alpha Centauri pro Will passar por uma cirurgia. Porém esse salto deles pra lá, também levaria os robôs, mas eles decidiram ajudar o Will, e finalmente foram pra Alpha Centauri.
Chegando lá o Will passou por uma cirurgia e ganhou um coração artificial. Enquanto isso, a Maureen e o John tavam tentando subir uma barreira magnética em Alpha Centauri pra proteger o planeta dos Robos, mas antes deles conseguirem subir essa barreira já era tarde demais, e os robôs já tinham destruído os geradores da cidade. Uma nova frota tava vindo pra acabar com os humanos.
Quando tudo parecia acabado todos os habitantes de Alpha Centauri se reúnem e usam a energia das naves Júpiters pra ligar a barreira protetora do planeta, e quando eles religam essa barreira, uma nave dos robôs é cortada no meio, e vários robôs são destruídos, e vários outros ficam feridos. Nesse momentos finalmente a Penny ganhou seu momento pra brilhar, e ela fez a mesma coisa que o Will fez com o robô na primeira temporada, ela foi solidária, e viu um robô sofrendo no chão, e ajudou ele, fazendo assim o robô ajudar ela.
Eu amei demais acompanhar a jornada dessa família por três temporada. Gostei de vivenciar toda a identidade visual dessa série, que realmente é tão bem feita que parece um filme de cinema. Toda a renderização dos efeitos é impecável, e uma cena é mais bonita que a outra. Dificilmente alguém vai reclamar do CGI dessa série (olha, tem filmes e série com um orçamento super inflado, que não entregariam efeitos iguais aos dessa série).
Além de Perdidos no Espaço ter beleza na sua fotografia e cinematografia. A série também tem um ritmo muito bom, e entrega enredos sólidos, que tem um começo, meio e fim. Isso torna esse seriado de ficção cientifica excelente, e repleto de grandes momentos que fazem a história se desenvolver bem.
Só pra concluir essa despedida de Perdidos no Espaço foi perfeita, e trouxe muito drama, emoção, ação, tensão e problemas. Tudo que gostamos tava presente nessa terceira e última temporada, e eu não podia estar mais satisfeito com esse desfecho.
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