Mesmo eu não consumindo com muita frequência, eu sou um dos maiores defensores de séries brasileiras. Eu escolho a dedo as quero assistir, e na maioria das vezes as séries que eu assisto eu gosto.
Botei uma carta expectativa em Olhar Indiscreto, principalmente pelo elenco. Temos a carismática da Débora Nascimento vivendo a protagonista, e a Emanuelle Araújo vivendo uma antagonista misteriosa. Então pensei, ah, essas atrizes vão entregar performances boas. Eu não tava errado já que as duas são os grandes pontos fortes da série principalmente no décimo episódio. Porém Olhar Indiscreto sofre com muitos erros que vão se aglomerando e se transformando em uma grande bola de neve.
Então vamos lá, Olhar indiscreto começou de uma maneira bem interessante trazendo uma proposta de voyerismo, e como esse voyerismo levaria nossa protagonista a se envolver em uma trama de vingança. Até aí tudo ok, e tivemos um bom começo pra essa minissérie.
Porém quanto mais a série avançava, mais a trama se embolava, e mais eles adicionavam personagens descartáveis que não aplicavam em nada na trama. Para ser menos ácido eu vou até me abster de falar da atuação das pessoas, mas saibam que tinha cada performance sofrível que deus me livre, parecia que eu tava assistindo uma mistura de novela bíblica da Record, com novela infantil do SBT.
O romancezinho da Rita e do Rafael era algo simples, mas era muito mais bem atuado. O Sacha Bali e a Ingrid Klug entregaram um enredo leve e gostoso de ser acompanhado. Era até um enredo mais atrativo do que o enredo principal. Esse enredo não aplicou em absolutamente nada na trama, e ainda no final das contas mataram a Rita com uma fachadinha no peito, que foi ridícula e a cena foi totalmente desnecessária. Mas enfim a história desses dois flertando fugia um pouco da putaria dos três protagonistas.
Assim tenho que destacar que todos nessa série são lindos, mas o que eles tem de beleza eles não tem em emoção, e faltava boa atuação do Ângelo Rodrigues que vive o Heitor, e do Nikolas Antunes que vive o Fernando. A Miranda (Débora Nascimento) atua bem. Mas a química desse três personagem é inexistente. Você tem que ser uma mulher de meia idade muito desesperada pra encontrar química entre eles.
Por falar em casalzinho sem química tenho que pontuar que a Luisa e aquele menino x que nem lembro o nome, eles eram personagens tão irrelevantes que se tirasse o enredo deles nada na série mudava. Ainda a série achou normal colocar uma cena de beijo logo depois da menina descobrir que o pai do menino tava olhando ela semi nua. Tipo que merda de enredo.
Não só os enredos eram capengas, como a edição da série também tava precária. A maioria das cenas que mostram os atores de costas em ângulos diferentes, acabavam não sendo bem montadas. Fazendo assim as vozes dos personagens parecem dublagem, em vez de parecerem natural. Os atores aparentavam estar lendo um texto em vez de falar as falas naturalmente. Isso é uma das problemáticas com as séries brasileiras. O roteiro muitas vezes tem diálogos robotizados, e poucas séries fogem disso como As Seguidoras e Boa Dia Veronica. Entretanto aqui em olhar indiscreto os diálogos parecem que estão no piloto automático.
Por falar na história, eita traminha confusa que se auto atropela várias vezes. Eles introduziram tantas coisas ao longo dos episódios que tudo vai se tornando uma bola de neve, e misturado com a qualidade exorbitante de personagens a gente fica perdido de um jeito que nem decoramos direito os nomes dos personagens secundários.
Tanto que a Zoe e a Helena eram duas personagens que eu nunca sabia quem eram. Eu só sei que a zoe era a ex-mulher do (Fernando), e que ela usava uma peruca horrível que parece que foi comprada em um Sex Shop. Ela morreu misteriosamente em um elevador e tava na cara que tinha sido o Fernando. Na verdade, os plots dessa série são clichês e previsíveis. Enquanto a Helena era uma pomba na série, ela aparecia e desaparecia e ninguém lembrava pra que essa personagem servia na trama.
O tal de Paulo que surgiu do nada nos episódios finais só pra prender a Miranda e ser um vilão pra aqueles saltos temporais pro futuro, que cá entre nós foi uma péssima decisão ter colocado essa trama no futuro, com a Mirando sendo jogada da sacada, depois a Miranda presa, depois a Miranda grávida.
Olhar indiscreto é uma pataquada sexual, que não chega a ser tão ruim quanto a bomba de Sex/Life que foi puro suco de Chernobyl. Ela não tinha história e a protagonista era uma vadia que tinha fogo na Xereca. E tb não foi tão ruim quanto o soft porn de 365 dias. Essa minissérie tentou ser uma desejo sombrio mas não conseguiu muito. Porém pelo menos ela tenta ter uma história intrigante e um mistério legalzinho pra ser acompanhado, e a pegação acaba se tornando um complemento dessa história, e é uma pegacao boa com atores gostosos.
A Edição era péssima, a mixagem de som e a captação de áudio era precária e nunca ficava legal, como eu disse parecia uma dublagem mal feita. Já os cortes de algumas cenas são bruscos, e a atuação de alguns está no nível da Jade Picon.
Sem contar que essa série é doentia, A Miranda era vouyer que obcervava a vizinha e tocava uma sirica pensando nela, e no final descobrimos que a Cléo que era a vizinha na verdade era a própria irmã da Mirando, e parece que ela tinha uma quedinha pela irmã. E não só esse enredo aparentemente incestuoso está na série como o Fernando tinha uma quedinha pela irmã adotiva, que era a Diana. Os dois transaram naquela cena de flashback que passou uma vibe de quem matou sara, e foi nessa cena que a Diana engravidou dele, e a Luiza era filha biológica do tio. Sendo que o Heitor que foi a série inteiro incriminado ele não era o vilão, e nem era o pai da Luiza que ele sempre acreditou ser a filha dele.
Daí a série coloca a Cléo que na verdade é a Gabriela, a irmã desaparecida da Miranda como a grande vilã que armou um plano de vingança contra ela, só por que a irmã não defendeu ela do Fábio, o cara abusador que matou a mãe das duas, e depois prendeu a Miranda. AAh e a Miranda conheceu a Rita pq a mãe da rita tava tendo um caso com o Fábio. A Rita salvou a vida da Miranda.
Aquele lorenzo que é o Otto, o ex- da rita, que só serviu pra morrer no último episódio. E também a velha mãe do Fernando e da Diana que era uma safada com fogo na xereca e era uma das vilãs. Na verdade tinha tanto vilão nessa série que parecia um grande novelão mexicano.
Ah, e eu quase esqueci de mencionar o plot de que o Fernando teve uma cena de sexo gay com o Bernardo, que era o atual ficante da Diana. O Bernando viu um pouco depois o Fernando trando com a Diana, a irmã adotiva dele, e foi aí que a Diana matou o Bernardo. Até agora me pergunto, quem é o bernardo. Eu falei de tantas coisas que até esqueci de falar da Policial Inês, tadinha. Ela tentou tanto investigar esse caso, mas foi engolida por esse gigantesco casos de família incestuoso.
A cereja do bolo dessa série depois de quase todo o elenco morrer, foi a Miranda descobrindo que tem a doença degenerativa de Huntington. Que afeta o seu sistema nervoso, e logo mais ele ficará igual sua falecida avó que foi morta pela Cléo. Até agora to tentando entender o por que a Cléo queria se vingar da Miranda. Não tinha sentido, colocar ela como vilã. Para concluir, a série tinha trocentas idéias, usou todas elas e acabou fazendo um emaranhado de coisas que nunca se tornarem charmosas, foi uma maçaroca mal atuada e com um sexo.
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Comentários
Nunca vi uma série com tantas cenas de sexo.