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Critica | O Filho Bastardo do Diabo (2022) – Nova série de magia na Netflix

A Netflix trouxe nessa última semana a série ‘O filho bastardo do diabo’ que por incrível que parecença é uma ótima série para jovens adultos. Tudo que Fate A Saga Winx não conseguiu fazer, essa nova série faz em dobro.

É até irreal pensar que essas duas séries tem uma premissa parecida, e as duas foram produzidas pela mesma empresa, e tem a mesma classificação etária de 16 anos. Mas Fate parece que foi escrita e produzida por uma criança de 10 anos. Enquanto ‘O filho bastardo do diabo’ consegue ser uma série madura que ainda lide com temática mais juvenis.

Essa série é baseada na trilogia de livros HALF BAD – ENTRE O BEM E O MAL da Sally Green.

Pelo que ouvi dizer a série mudou várias abordagens do livro mas ainda continuou com sua essência. Durante 8 episódios acompanhamos a incrível história de amadurecimento de alguns jovens, e mesmo que a série tenha sexo, drogas e romance, ela ainda assim consegue balancear o tom juvenil com muito sangue, mortes, e uma história de fundo realmente bem envolvente.

Se você tá procurando uma série com muita mágica. Um bom romance. Ambientações lindas. Um elenco carismático e vilões detestáveis. Essa é a série perfeita pra você.

Na trama conhecemos o Nathan (Jay Lycurgo), um garoto de 16 anos que é frequentemente observado pela comunidade de bruxos da Luz. Já que seu pai Marcus Edge (David Gyasi), era um temido ‘bruxo da sombra’, porém sua mãe era uma bruxa da luz, e quando o Nathan fizer 17 anos ele descobrirá qual é o seu poder (e se esse poder será da luz ou das sombra). Mas até a chegada desse momento muitas coisas vão acontecer na vida do Nathan. Incluindo ele conhecer a Annalise (Nadia Parkes), a filha de um dos executivos dos bruxos da Luz, e também ele conhecer o sexy alquimista Gabriel (Emilien Vekemans).

Esses três então acabam sendo perseguidos pelos bruxos da luz, e em consequência disso eles fogem e se escondem em vários locais. Porém essa aventura também acaba desencadeando sentimentos amorosos uns pelos outros, sendo que eles também acabam descobrindo que a maldade as vezes não está em quem aparenta.

Essa série brinca muito com o conceito de bom e ruim, e como isso pode definir o bem e o mal.

É interessante ver que a pessoa que mais parecia que ia se tornar um vilão é a pessoa que mais está seguindo pelo caminho do bem, e a pessoa que mais era esnobada no caso a irmã do Nathan. A Jessica (Isobel Jesper Jones) é a que mais tende pra maldade, e a que mais se delicia em ver as pessoas sofrerem. Eu passei tanta raiva com a Jéssica que não consigo definir.

Mesmo que a abordagem dessa série traga muita magia e bruxaria, com vários poderes perfeitamente criados com CGI, a série ainda consegue caminhar por um caminho bem mais realista do que pode aparentar. Tanto que essa maneira realista dela lidar com algumas situações torna ela bem mais relacionável com nós espectadores.

Até o romance dos três protagonistas não se torna cansativo graças a química excelente do elenco.

A sutileza do roteiro torna as cenas românticas um pontos importantes pro desenrolar da trama. O amor abordado aqui na série nunca é colocado de maneira gratuita só pra fisgar o público. Na verdade ele é abordado com fragilidade e aos poucos ele vai mostrando que não importa o gênero e não importa a pessoa, o que importa é amar e ser amado.

Outra coisa que se destaca muito aqui na série é a maneira como os personagens são facilmente descartáveis. Os vilões conseguem ter a liberdade de matar quem eles quiserem e isso torna todos eles imprevisíveis, maldosos e implacáveis. Sendo que o poder da Annalise é espetacular e mortal. Ele gera algumas cenas ótimas que só demonstra o quão bom é o CGI da série.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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