A Netflix vem investindo pesado em comédias românticas juvenis, como Barraca do Beijo e Para Todos Os Garotos que Já Amei, e parece que não vai parar mais, mesmo que isso signifique a qualidade dos filmes irem caindo muito.

Os filmes do streaming estão ficando cada vez mais clichê e repetitivos, como ocorreu com o mais recente O Date Perfeito, que mostrou Noah Centineo sendo o par romântico de Laura Marano, da forma mais clichê possível. Agora recebemos a dádiva de Nosso Último Verão que entreva várias histórias que acontecem ao mesmo tempo, e acaba esquecendo de se aprofundar nelas. Elas histórias tem a sentido de apresentar o amadurecimento que quebraram os moldes do gênero, e esse filme pode se tornar um longa atemporal, até porque ele não apresenta adereços modernizados e conceitos da atual época, ele tenta ser o mais aberto possível, porém isso é um dos problemas da narrativa arrastada.

 O título do filme refere-se ao último verão antes de um grupo de adolescentes de Chicago que agora tem os últimos dias para aproveitar antes de irem para a faculdade. Estrelado por KJ Apa (Riverdale) como aspirante a estudante de música Griffin e a estrela do Maia Mitchell (Good Trouble) , como a cineasta reservada Phoebe que tenta equilibrar suas ambições artísticas com um amor de verão, seu drama pessoal e a pressão dos pais para escolher a melhor escola. Além dos dois – ditados protagonistas – temos Tyler Posey, (Teen Wolf) , como um iniciante jogador do Chicago Cubs, que logo chega a acensão, Halston Sage (The Orville)Erin, que é uma garota sortuda e desprendida que termina com seu namorado, Jacob Latimore (The Chi) Alex, para não ter que terminar depois e se decepcionar mais, enquanto temos Wolfgang Novogratz ( Sierra Burgess é uma Loser ) que tem fama de pegador, mas esconde um segredo de seu melhor amigo. 

O filme gera um questionamento importante de, o por que eu deveria me importar com esses personagens ? Se você for analisar friamente eles são pessoas diferentes que alguns deles nem se conhecem e não tem ligação nenhuma, e o pior de tudo não criam empatia com o espectador, tudo é superficial e anamórfico. Mas o filme não se torna um fracasso total por conta da épica festa final, onde podemos realmente afirmar o amadurencimento dele, pelo menos como um novo caminho a ser seguido. Com corações e amizades tudo começou a mudar, muito disso é por causa do tecido entre os personagens, mas o resto é porque não há nenhuma unidade para esses personagens aprenderem algo e crescerem.


Nosso Ultimo Verão tem um enredo focado em Griffin e Phoebe, sendo que esse é o que mais chega perto de uma comédia romântica das antiga. Há um arco real para o relacionamento deles, com obstáculos, retrocessos e montagens adoráveis. Quando sua inevitável grande luta surge, o filme o leva a tomar um lado em seu dilema moral, mas a história deles é cercada por tantas outras conspirações questionáveis ​​que é difícil permanecer engajado com seu drama. Sua resolução é agradável, mas não foi suficiente para justificar o resto do filme.