O novo filme de Alien do Star+, Ninguém Vai te Salvar se destaca pela ótima trilha sonora que nos emerge numa história com quase nenhuma fala e com pouquíssimos diálogos.
De uns anos pra cá tivemos alguns filmes sobre aliens que se destacaram, e um deles foi o enquientate Um Lugar Silencioso, e claro recentemente também tivemos o divisivo Não Não Olhe. Cada um deles abordou os seres extra terrestres de uma forma diferente, mas os dois tiveram uma coisa em comum, a boa direção de som, que nos deixava tenso do início ao fim.
Na trama conhecemos a jovem Brynn (Kaitlyn Dever), que mora sozinha em uma casa antiga e afastada. Ela é bem solitária e reclusa, e por esses motivos o filme não tem diálogos. Quando ela tenta falar com alguém ela é meio que desdenhada, e só vamos entender o motivo desse desdém no final do filme. Porém até lá os ceres cinzentos vindos do espaço invadem a casa dela e tentam á capturar. O filme então se desenrola durante 1h30 mostrando a Brynn tentando fugir, se esconder, e até mesmo tentando derrotar esses aliens.
O filme foi escrito e Dirigido pelo Brian Duffield que eu admiro muito. Adoro o trabalho dele em Amor e Monstros, A Baba, Ameaça Profunda e Espontânea. Esse cara ama algo bizarro e aqui ele usa esse amor por estranhezas pra criar aliens clássicos, com grandes olhos pretos, com cabeças cinzentas que lembram o alien do Ben 10, e com pés que parecem grandes mãos.
O Design de produção dos aliens foi carinhosamente bem feito. Eles foram muito inspirados em clássicos aliens. Também adorei quando os aliens partem pro ataque, ou usam seus poderes de telecinese pra atacar a Brynn.
Claro aos poucos novas variantes de aliens também acabam aparecendo no filme e essas variantes são supreendentemente assustadoras na medida certa pra um filme de 14 anos. Até mesmo o CGI dos aliens ficou bom na medida do possível. O jogo de luzes também ajudou algumas cenas a serem bem cinematográficas. Até visualmente artísticas, fazendo a dinâmica psicológica ser ainda mais acentuada.
Por falar nessa dinâmica o diretor soube usar bem todos os espaços da casa da Brynn pra criar boas cenas de tensão, e perseguição, e também conseguiu reunir um pequeno conjunto de adereços que se tornaram boas armas nos momentos certos.
A direção de som, misturada com a incrível expressão de medo estampada na cara da Kaitlyn Dever, cria uma atmosfera de pavor no filme. A Dever vende o terror que a personagem está enfrentando, e mesmo sem dialogos. Ela entrega toda uma narrativa só com olhares e com objetos cenográficos que rodeiam toda sua antiga casa. A propósito prestem muita atenção no filme, por que os detalhes importantes pra você entender a trama são visuais.
Confesso que o que mais me pegou foram no filme foram os diversos cortes no último ato. Tivemos aqui vários mini clímax, e nunca chegava a um final. Quando chegou ao final não foi algo que eu esperava, então fiquei pensativo quando os créditos começaram a rolar. Vamos falar desse final agora, mas só pra concluir, se voce gosta de filmes de alines muitos provavelmente vai curtir esse.
A Kaitlyn Dever está fantástica no papel e segura o filme sem muito esforço, mesmo que a tadinha da Brynn sofra demais durante 1 hora. Recomendo que assistam o filme la no star+.
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