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Critica | Não Olhe Para Cima (2021) – Filme da Netflix traz uma boa alegoria pro apocalipse

O Adam McKay diretor de A Grande Aposta de 2015, chega na Netflix com Não Olhe Para Cima, uma grandiosa sátira sobre o fim do mundo.

Por mais que o filme tenha bons alívios cômicos, ele também acaba te deixando triste e irritado, no bom sentido.

Nesse longa, dois astrônomos, o professor Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) e sua aluna Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) encontram um cometa que destruirá a Terra em 6 meses e 14 dias. Logo depois dessa descoberta eles avisaram NASA, e tentam avisar a presidente dos Estados Unidos sobre essa ameaça.

Mas eles não obtêm sucesso com essa visita a presidente e consecutivamente os dois tentam ir em um jornal pra avisar as pessoas. Mas esse jornal mandou eles pra um programas de tv, e daí em diante as coisas só pioram. Já que todo mundo começou uma campanha de desinformação que se espalhou na internet, fazendo assim ninguém acreditar nas pesquisas dos dois.

O filme cutuca a ferida daquelas pessoas que só querem varrer os problemas pra baixo do tapete.

Não Olhe Para Cima traz uma ampla crítica ao capitalismo, aos atuais governantes, a mídia que tenta abafar assuntos importantes, as celebridades vazias, á toxidade da internet, os magnatas inúteis. Isso tudo é basicamente uma alegoria pra nossa atual realidade, e pros problemas que o mundo tá enfrentando ultimamente.

O DiCaprio e a JLawrence são convincentes interpretando dois cientistas determinados a ajudar a humanidade. Mas na minha perspectiva o DiCaprio só ganhou mais intensidade no último ato do filme. Antes disso ele só tremia, tinha uma fala arrastada e até mudou muito suas virtudes.  Já a JLawrence finalmente voltou a atuar e entregou uma personagem pulso firme, que realmente roubou a cena. Por falar em roubar as cena, as cenas de gritaria dos dois foram muito boas. Eu fiquei fixado na tela enquanto eles gritavam.

Esse filme é uma montanha-russa de tensão, medo, alivio, e incerteza.

Enquanto isso outro destaque super positivo foi a Meryl Streep, vivendo a presidente hipócrita dos Estados Unidos. Eu tinha um misto de emoções com ela, uma hora eu gritava, e na outra hora eu batia palma pela atuação perspicaz que ela trouxe pra essa governante filha da puta. Mas mesmo ficando com raiva, essa presidente ignorante, e seu filho submisso vivido Jonah Hill entregaram personagens instigantes.

Já o resto do elenco do filme serve mais como apoio, o Timothée Chalamet interpreta um garoto que encontrou sua própria conexão com Deus, e ele representa a fé da humanidade. Já a Cate Blanchett ganha um destaque por conta da sua personagem prepotente que é uma apresentadora de tv com um sorriso cativante, que adora varrer as merdas pra baixo do tapete.

O longa conta com um ótimo elenco, e um ótimo roteiro. Mesmo com algumas cenas desnecessárias, ele ainda atinge seu objetivo e entrega um aglomerado de absurdos, que vão te fazer dar risada e ainda te fazer refletir.

Conclusão

No geral eu gostei muito do filme, o CGI dele foi um grade ponto forte, já que o design dos drones e do cometa foram bem feitos, e o planeta da cena pós crédito também tava muito bem desenhado. Além disso o roteiro e as atuações acentuam o desenrolar do filme.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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