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Critica | Morte, Morte, Morte (2022) – Filme da A24 é uma critica a Geração z

Eu classificaria Morte Morte Morte como uma sátira social, que tem suspense, tem terror, e tem comédia. É como se o Twitter fosse um filme, ele seria esse.

Sério a cada dialogo dos personagens, eu só lembrava do twitter, e isso é um elogio tremendo, já que o filme realmente queria parecer debochado, insultante e vazio.

Enquanto eu assistia esse filme eu só pensava, mais um filme de serial killer. A gente desde o começo do filme tem a tendencia de pensar isso… mas a grande surpresa aqui, é que o filme vai muito além do nosso pensamento, e ainda ele continua na nossa linha de raciocínio inicial. Esse é um filme que brinca com a nossa cara de um jeito bom pra alguns, e insatisfatório pra outros. Principalmente por que alguns ficarão putos da vida, com o final nada mirabolante.

A nossa atual geração está tão ansiosa e imediatista, que queremos tudo na mesma hora e no mesmo momentos, e quando demora pra conseguirmos aquilo que queremos a tendencia é ficarmos frustrados, se o material final não atingiu a expectativa. Só que assim, nem sempre a expectativa que você tem é aquilo que você realmente necessita. Isso é uma das grandes coisas que o filme passa de mensagem. Ou é uma coisa que eu no caso percebi.

O humor ácido voraz não me fez morrer de rir, mas me fez dar uns leves sorrisos diabólicos.

Um pequeno grupo de recém-formados se reúnem em uma mansão de um deles, e enquanto esperam a chegada de um furacão, eles jogam o misterioso jogo de detetive Bodies Bodies Bodies, que uma pessoa é a assassina e fará uma vítima. Até aí, é só um joginho de festa super inocente que todos já jogamos. Só que logo em seguia um dos jovens morre, a energia acaba, o sinal de internet some, e a bateria do carro acaba e ninguém consegue fugir daquele local. Tudo isso inicia um caos que se desenrola durante a noite e se torna uma gigantesca bola de neve com várias outras mortes. A pergunta que eles, e nós nos fazemos é: quem é o assassino?

Mas antes de termos a tal resposta, nós navegamos até o subconsciente de cada um dos personagens, e só vemos o quão fútil e vazio cada um deles é, e como o ego de todos sempre se sobressai em todas as situações possíveis.

O filme te passa uma falsa sensação de que esses personagens tem conteúdo, sendo que nenhum deles tem.

Todos os personagens são mesquinhos, frios e mentirosos. Eles mentem uns pros outros só pra manter as aparências. Você nota que os romances, as amizades, e até os laços familiares são inexistentes, e nada aprofundados, e isso se remete a realidade que nós vivemos, onde dificilmente conversamos. Já que estamos mais focados nas pequenas telinhas nas nossas mãos, do que nas reais pessoas a nossa frente.

Se você tá procurando um filme de terror talvez você não encontre aqui. Mas se você quer ver um zoológico de jovens viciados em sí próprios, e com boas atuações do elenco central. Aposto que vocês vão amar esse filme, tanto quanto eu. Sério gente, eu to apaixonei pela estética do filme, e pela construção do roteiro.

Matheus Amaral

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