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Critica | Missa da Meia Noite (2021) – Mini-série perturbadora do Mike Flanagan pra Netflix

Missa da Meia-Noite é a nova obra do Mike Flanagan, que acabou de chegar na Netflix.

Eu tava com altas expectativas por conta da ótima experiência que eu tive assistindo a Maldição da Residência Hill, e Mansão Bly. Eu fui arrebatado por essa nova série, que mistura fé, aceitação, morte, culpa, vício, crenças. Tudo é feito de uma forma linda, e comovente.

Eu adorei todos os 7 episódios perturbadores dessa mini-série.

A trama de Missa da Meia-Noite, começa apresentando o Riley Flynn (Zach Gilford), um cara que no passado matou um adolescente em um acidente de carro enquanto estava bêbado, e recentemente ele saiu da prisão e voltou pra casa na Ilha Crockett, onde os habitantes dessa ilha são bem religiosos.

Um certo dia o padre idoso da ilha adoece, e o Padre Paul (Hamish Linklater), aparece pra substituir ele. Mesmo que o Riley não goste muito de ir na igreja, ele vive na ilha com as pais dele, Annie (Kristin Lehman) e Ed Flynn (Henry Thomas), que o aconselham a ir em constantes reuniões do AA com o padre. 

O Riley só encontra refujo na ilha, quando está com sua antiga namorada, Erin Greene (Kate Siegel), que fugiu da ilha anos atrás pra fugir da sua mãe alcoólatra, e agora tá de volta gravida, depois de fugir de um casamento abusivo.

Porém a trama da série começa a se tornar assustadora, quando coisas estranhas começam a acontecer na ilha. Como crentes de gatos mortos, uma figura estranha também paira sobre a ilha. Sendo que misteriosos milagres começam a acontecer, e um dos primeiros envolve a cadeirante Leeza (Annarah Cymone).

Quanto mais os episódios progridem mais a doideira toma conta da série, e quando se trata de doideira, a Sarah Gunning (Annabeth Gish), que é a médica da ilha, tenta sempre encontrar uma resposta lógica pras situações. Mas o problema, é que nem tudo tem lógica nesse acontecimentos.

‘Missa da Meia-Noite’ é uma série afiadíssima no roteiro.

A trama consegue ser acida nos momentos certos, e sempre joga questionamentos relevantes, que envolvam algum tipo de crença. Além de também sempre colocar debates que contrapõem algumas convicções de alguns personagens. Como por exemplo o xerife Hassan (Rahul Kohli) ele é muçulmano, e tem suas próprias crenças.

Enquanto a Bev Keane (Samantha Sloyan), é uma acólita muito extremista, que faz de tudo pela sua fé exacerbada, e acaba sendo tendo Intolerância religiosa em cima do Hassan.

Essa não é uma série comum.

Na verdade essa série sai totalmente fora da caixinha em relação as outras séries do Mike Flanagan. Mas ele soube dosar a quantidade certa de drama, critica social, critica religiosa, e terror, fazendo assim a série ser envolvente e intrigante.

Essa é uma série é fantástica temos aqui uma fotografia perfeita, uma direção bem perspicaz, e atuações atenuantes, com destaque pra Samantha Sloyan, como a Bev. Ela é uma escrota, que me fez tremer de raiva em certos momentos.

Já a Kate Siegel é fascinante, como a Erin, ela consegue ser melancólica e irônica. Enquanto o grande protagonista é Hamish Linklater, interpretando com destreza o padre Paul. Você se envolve com o personagem, e se assusta com seus atos milagrosos.

 

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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