Critíca

Crítica | Maria do Caritó (2019)

Rico e cheio de criatividade o cinema nordestino surpreende sempre, com histórias leves e divertidas. Sabendo disso o diretor João Paulo Jabur nos apresenta Maria do Caritó. 

O filme apresenta Maria do Caritó (Lília Cabral), prestes a completar 50 anos. Ingênua e romântica, foi prometida por seu pai para ser entregue virgem a São Djalminha, mas sonha em finalmente encontra o amor da sua vida. Na cidade Maria é tratada como santa pela população local, por isso o seu pai, o padre e o coronel usam a fé da população para ter controle sobre eles. Entretanto, com a chegada de um circo a sua vida e destino podem mudar para sempre. 

O filme trata-se principalmente sobre inocência seja pela protagonista que tenta encontrar o amor e a sua liberdade ou pela população que pela ignorância acreditam que Maria faz milagres. 

Mesmo com um roteiro que não é perfeito, já que em alguns momentos o longa, se perder o elenco com carisma consegue segurar o público principalmente com o caricato coronel (Leopoldo Pacheco) que está irreconhecível no papel. Ele é um homem que se aproveita da fé da população. Juliana Carneiro da Cunha e Kelzy Ecard, esbanjam carisma e são perfeitas. Entretanto, o filme fica preso em problemas recorrentes em filmes como clichês, ingenuidade demais, personagens caricatos e até erros na parte cômica.

Mesmo se perdendo um pouco esse é um filme que aborda temas importantes como religiosidade exagerada, corrupção e machismo. Portanto, se você procura um filme brasileiro com qualidade assista Maria do Caritó um filme que não é extraordinário, mas que mostra que o cinema brasileiro pode evoluir.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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