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Critica | MAID (2021) – Mini-série emocionante sobre uma empregada domestica

A mini-série Maid, chegou na Netflix, sem muito alarde, e essa história emocionante, precisa ser assistida.

Maid é uma mini-série impactante que se baseia no livro da Stephanie Land, e consecutivamente se baseia na real experiência de vida dela.

Durante os episódios nós vemos uma história que envolve paternidade, abuso psicológico, pobreza, trauma, e muitas outras coisas. Porém a série consegue abordar todos esses temas pesados de uma forma sensível, com um leve senso de humor que dá pra essa trama uma centelha de esperança.

Na trama acompanhamos a história da Alex (Margaret Qualley), que tá fugindo de casa no meio da noite, com sua filha de 2 anos, Maddy (Rylea Nevaeh Whittet), e com somente US $ 18 dólares no bolso. Tudo pra escapar do relacionamento tóxico com o namorado, Sean (Nick Robinson), que é alcoólatra e abusa psicologicamente dela. Essa fuga da Alex até parecia animadora, mas ela acaba percebendo que a liberdade, é mais difícil do que parece.

A atriz Andie MacDowell é mãe na vida real da atriz Margaret Qualley.

Porém aos poucos a Alex encontra ajuda em um abrigo pra mulheres abusadas, e ela também começa a trabalhar em um serviço de limpeza meia boca, pra sustentar a Maddy, já que antes de fugir ela era dependente financeira do Sean. No decorrer dos 10 episódios, nós vemos a Alex limpando várias casas, tentando manter distância do Sean, recebendo pequenas ajudas governamentais, e também pedindo favores a amigos e familiares. Tudo isso enquanto também tem uma preocupação com sua mãe instável, Paula (Andie MacDowell).

MAID além de ser uma mini-série que impacta muito com a história, ela também consegue trazer bons pontos técnicos, como alguns pop-ups, que aparecem na tela e mostra pra gente quanto de dinheiro a Alex tem na carteira. Muitas vezes ela faz contas antes de gastar o dinheiro, e os números vão ficando negativos. Mesmo que aos poucos a Alex perceba que dinheiro não traz felicidade, já que ela percebe que muitos de seus clientes ricos são infelizes. Ela ainda assim sabe que o dinheiro ajuda a ter uma estabilidade pelo menos pra saber que sua filha vai conseguir comer uma refeição no final do dia. Essa acaba sendo uma visão triste de uma mãe solteira, que luta constantemente pra se dar bem na vida.

Cada segundo de MAID é precioso, e é extremamente dramático, mas ao mesmo tempo muito otimista.

A Margaret Qualley é perfeita em viver essa mãe. Ela interpreta a Alex com muita emoção, ela sempre tem um sorriso no rosto e sempre tá otimista, até nos piores momentos. Mas lá no fundo nós sentimos que ela reprime seus sentimentos e ela tenta manter as rédeas pra sempre seguir em frente.

Porém mesmo com momentos bons com a Maddy, mesmo fazendo amigos inesperados no caminho, a Alex também acaba enfrentando a exaustão, e a depressão de toda a rotina cansativa de ser empregada domestica, e também ter que lutar com o Sean, e controlar os surtos da sua mãe. É realmente um teste psicológico viver tudo que a Alex vive durante essa mini-série. Além da Margaret ter feições perfeitas, o diretor e os roteiristas conseguiram abordar todos os sentimentos dessa personagem com muita destreza.

No geral você vai ver a Alex sofrendo, vai ver a Alex dançando, vai ver a Alex sofrendo de novo. Mas no final das contas você vai conhecer essa história poderosa, com ótimas atuações e a série vai ficar guardada pra sempre na sua memória. Pode dar o play na Netflix, que você não vai se arrepender.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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