Critíca

Critica | Killing Eve – 1ªTemporada

Diferente de tudo que eu já vi, misturando humor negro, suspense, drama e muitas mortes, Killing Eve se faz uma série espetacular, que merece toda a sua atenção.

Uma divertida perseguição de gato e rato, que segue Eve (Sandra Oh) uma agente do MI5. Ela tem um trabalho metódico e no geral é um trabalho bem chato, mas ela sempre finge que está tudo bem, o que ela realmente queria era ser uma detetive e queria estar em ação em campo, procurando pistas e resolvendo casos, as vezes Eve pode ir munto afundo quando quer resolver os casos e sempre está atenta aos detalhes, isso é bem aparente no primeiro episódio.

 

Enquanto a Eve vive uma vida certinha, Villanelle (Jodie Comer) é uma assassina sem pudor e nem empatia, que mata sem pensar duas vezes, ela ama seu trabalho e ama o luxo que ele traz, então matar as pessoas é mais um divertimento do que um dever. Com um psicológico estranho, ela intercala entre a ironia e a verdade, sempre se disfarçando e aniquilando seus alvos. Mas no decorrer da temporada você percebe que Villanelle tem um vazio em seu peito, aparentemente ela é uma pessoa sozinha, que mesmo matando pessoas, ela só queria alguém para se aproximar, alguém que ela pudesse confiar, e ela encontra tudo isso quando passa a ter uma obsessão estranha por Eve, que também passa a ter uma obsessão estranha por Villanelle.

Essas obsessões começam quando Eve suspeita que Villanelle seja a peça chave pra uma série de assassinatos inexplicáveis, e começa a investigar os casos, com uma equipe especial e secreta armada pela chefe do MI5. A equipe investiga todas as mortes, e a cada nova morte, Villanelle sempre deixa um recado subentendido para Eve, como se fosse uma forma de atrai-la. Elas estão uma jogando com a outra, elas gostam da sensação de perseguição, e gostam da atenção que uma dá para a outra, e quanto mais elas se aproximam, mas a relação delas se fortalece de uma forma estranhamente sexual.

Baseado no romance de Luke Jennings, a série foi bem adaptada por Waller-Bridge, aplicando um tom, mais sóbrio, com um humor negro espetacular, e atuações fantásticas de Oh e Comer, a série se torna um prato feito, para os amantes de uma boa ação. Cada personagem é minuciosamente, pensado, e incrementado a trama, claro que Eve e Villanelle são as mais aprofundadas, porem podemos ver muito melhor quem elas são pelas pessoas a sua volta. 

Oh e Comer são definidamente a alma do show, e mesmo elogiando tudo, pois nada falha na série, elas desempenham papeis excepcionais como Eve ou Villanelle. Eve é mentalmente brilhante, mas é indecisa, com lagrimas e risadas ela leva sua vida. Villanelle é algo o oposto, ela é direta e não se abate pela dor, as vezes você até pode sentir empatia por ela, mesmo ela sendo uma (puta) assassina. Villanelle é uma caixinha de surpresas, você nunca sabe se é verdade ou mentira, e surpreendentemente Comer é uma incrível atriz, que sabe intercalar entre a loucura e a delicadeza da personagem.

 

Matheus Amaral

Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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Matheus Amaral

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