Jessica Jones não é uma heroína convencional, e nessa última temporada, ela aprende a conviver com isso.
Jessica Jones é a última série da Marvel, na Netflix, e mesmo essa terceira e última temporada, sendo fraca – comparada a primeira que é excepcional e a segunda que é mediana – ela consegue se sustentar em seus 13 episódios, e entrega um final gratificante para a heroína. Jones, passou muito tempo renegando seus poderes e depois de ter perdido sua mãe no final da última temporada, e se sentido traida por sua melhor amiga Trish, a detetive particular está relutantemente tentando descobrir o tipo de heroína que ela é.
As duas primeiras temporadas focaram em mostrar o anonimato da história de cada personagem, já nessa nós vemos como a vida publica é difícil para uma heroína desmascarada. Tudo que a Jessica faz, agora está nas mídias sociais, e caçar um serial killer com a sua nova vida publica é um trabalho difícil, enquanto isso ela tem que lentamente deixar Trish retornar à sua vida. Além de tudo ela tem que confiar em si mesma para poder acreditar nos outros a sua volta.
Como vimos no final da última temporada, “Patsy” conseguiu exatamente o que queria: habilidades sobre-humanas. Mas como Trish está aprendendo, através de tentativa e erro e mais controle cedido à sua mãe Dorothy do que ela prefere, uma história de origem de super-heróis é mais do que ser injetado com um soro e querer trazer justiça. Rachael Taylor é uma das performances de maior destaque da temporada, e conseguiu fazer com que Trish fosse realmente relevante para a história.
Essa temporada tivemos a introdução agradável de Erik, que mesmo que consiga seduzir a Jessica com seus hambúrgueres deliciosos, pode ser ainda mais moralmente obscuro do que a própria Jessica. As linhas de Erik na série são sempre rasas, para preparar o espectador para o final. A revelação de seus super-poderes, foi um trunfo para a aceitação de Jessica, mas seu conforto temporário, acaba e você sente uma pressão para que ele retorne para sua vida normal.
Sem dúvida, o relacionamento mais importante desta temporada é Jessica e Trish. A nova situação deste último não tanto coloca as duas irmãs em um campo de jogo equilibrado, como inverte sua dinâmica. Com seu rosto instantaneamente reconhecível, Trish deve cultivar uma identidade baseada em máscaras e se esconder nas sombras, enquanto Jessica fica no centro das atenções de maneiras cada vez mais desconfortáveis e invasivas – especialmente porque é difícil ser um detetive quando você não consegue ter um momento. de, bem, privacidade.
Gregory Sallinger, aparece então como o grande mal da temporada, e aguça as investigações de Jessica. Em termos de antagonistas, esse vilão é impessoal e indagável. Jeremy Bobb incorpora com sagacidade o vilão, mas as vezes sua ingenuidade chegam a irritar, ele nunca chegará aos pés de Kilgrave. Essa última temporada levantou questões e o centro dessa temporada, não foi desenvolver um vilão e sim mostrar quem são os bonzinhos e que não são e como a moralidade é impulsionada.
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