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Critica | Inventando Anna (2022) – Mini série da Netflix, sobre a história real da trambiqueira Anna Delvey

Inventando Anna é a primeira mini-série da Shonda Rimes, feita pra Netflix. Eu já assisti aos primeiros 6 episódios, dos 9 que estreiam nessa sexta feira, e venho contar pra vocês o que eu achei dela.

Pra quem não sabe, essa série é inspirada em fatos reais, e no artigo da New York Magazine “How an Aspiring ‘It’ Girl Tricked New York’s Party People – and its Banks”, escrito pela Jessica Pressler, que atua como produtora da série, e preferiu que seu nome fosse alterado pra Vivian na série.

Em Inventando Anna, a jornalista Vivian (Anna Chlumsky) da New York Magazine, tá tentando se reerguer depois de um problema do passado, e pra ela conseguir credibilidade no meio jornalístico. Ela inicia uma matéria grande, que envolve investigar e desvendar a história da farsante Anna Delvey (Júlia Garner). Que se dizia uma herdeira alemã, mas aos poucos ela roubou muito dinheiro de amigos, de empresas, de bancos, e também enganou diversas pessoas.

Quanto mais a Vivian procurar entender quem é Anna Delvey, mais ela se aproxima dessa vigarista, e mais elas duas começam a criar um vinculo engraçado e divertido. A série então intercala o passado da Anna, com na alta sociedade de Nova York. Com o presente dele, na cadeia aguardando julgamento e dando rápidas entrevistas pra Vivian. Que também tá correndo contra o tempo pra escrever essa tal matéria.

Então vou direto ao ponto, eu senti que Inventando Anna é uma série que demora muito pra caminhar.

A narrativa dela é montada da seguinte forma, cada episódio tem um personagem que vai ser entrevistado, e contar sua vivencia com a Anna, então sendo assim tem umas pessoas que tem histórias meio desinteressantes.

O roteiro da série até consegue em muitos momentos consegue ser inteligente principalmente no sexto episódio. Mas em outros momentos ele se estende sem necessidade, criando episódios muito longos, que não entregam muito conteúdo. Os três primeiros episódios são um exemplo de episódios muito vazios, onde a trama dava pra ser contada em um único episódio.

Entretanto, a série ganha pontos positivos na parte técnica que consegue criar cenas bem interessantes e dinâmicas.

Eles recriaram a típica série de quem é a Regina George de Meninas Malvadas, pra falar Quem é Anna Delvey. Eles também usaram um artificio de quebrar a quarta parede, com uma das personagens olhando diretamente pra câmera. Tem um artificio muito bom usado em um dos episódios, que basicamente eles contam a história, e quando chega no final eles recapitulam e mostram outro ponto de vista.

Enfim, os diretores da série brincam muito com a estrutura narrativa dos episódios, e criam cenas bem dinâmicas. Por falar em dinamismo, o elenco aqui consegue segurar os episódios longos. Todos são muito bons e fazem o tempo da série passar rápido, principalmente quando você chega no 4º episódio que é o momento onde a Anna começa a criar a empresa dela a FAD. A partir desse momento a série engata em um ritmo frenético onde você devora um episódio atrás do outros.

A trama só fica melhor e melhor, e você vai vendo as trambicagens da Anna, vai vendo as pessoas a volta dela se ferrar, e ela também se ferrar. Tudo isso é instigante, é excitante, é empolgante.

É bem legal como a série expressa essa empolgação no enredo da Vivian, que assim como nós espectadores tá descobrindo a história da Anna aos poucos.

A Vivian fica dia e noite fissurada nisso, e também faz os colegas de trabalho dela também ficarem, todos ficam nessa euforia de descobrir mais sobre a Anna. Isso é muito gostoso de ser acompanhado.

Agora sobre atuações, a Júlia Garner está impecável como a Anna, ela exala o egocentrismos dessa personagem. Ela também traz um sotaque meio irritante, mas muito caricato, que faz a Anna querendo ou não ter uma boa lábia pra convencer as pessoas. Ela também tem um trejeitos ótimos, com destaque pras rápidas mudanças de expressão da Anna. A única que me incomodou MUITO, foram as perucas horríveis usadas aqui na série. Uma pior que a outra. As cenas que ela tava loira era aparente a peruca. Enfim achei isso horrível.

Já a Anna Chlumsky entrega uma boa performance como a nossa repórter obstinada Vivian. A Katie Lowes também acaba sendo um ótimo destaque como a fotografa da vanity fair, a Rachel que se ferra em uma viagem pro Marrocos. Também a Alexis Floyd vivendo a Neff, uma concierge entusiasmada que se aproxima da Anna.

Preciso falar só mais duas coisas antes de acabar.

A primeira, lembram que eu pedi no twitter pra vocês assistirem o documentário Fyre Festival. Então isso vai ajudar vocês a entenderem um sub enredo do episódio 4, então assistam o Doc antes de ver a série.

A segunda coisa é que a trilha sonora da série é muito boa, e toca Me Gusta da Anitta.

Eu ainda tenho muito o que falar de ‘Inventando Anna’, a série estreia nessa sexta na Netflix e eu recomendo mundo que você dê uma chance pra ela, aposto que você vai se surpreender.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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