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Critica | Imperfeitos – 1ªTemporada (2022) – Uma ótima série de fantasia na Netflix

Se você gostou de The Magicians, The Umbrella Academy, A Ordem, Legion ou The Gifted, você pode gostar da nova série da Netflix, Imperfeitos.

Essa lembra muito as histórias dos X Men, e isso é proposital tanto que um dos personagens é quadrinista de super heróis, e tem até uma narração divertida sobre ser um herói.

Diferente de produções da Marvel que tentam criar algo grandioso, e um grande mal a ser derrotado. Essa serie foca em criar um próprio universo, pras coisas se desenvolverem, e divide arcos curtos e bem desenrolados a cada novo bloco. Então os 3 primeiro episódios tem um arco dai os dois 3 trazem outros, e consecutivamente isso acontece até o último episódio que tem uma reviravolta muito interessante, que me deixou bem curioso pra saber o que vem a seguir.

A série tem uma premissa bem simples. Três jovens de vinte e poucos anos, foram vítimas de um experimento genético no passado, e eles querem voltar a serem normais, e pra isso eles procuram os cientistas que os transformaram em criaturas híbridas.

A série tem um início promissor, e posiciona bem a história, e posiciona bem os protagonistas. Sendo eles o quadrinista Juan que se transforma em um Chupacabra, a cantora Tilda, que é uma Banshee, ela tem super audição e uma voz super potente, e a futura geneticista Abbi que é uma súcubo, e tem um poder de feromônios. Os três são frequentemente acompanhados pela Dra. Sydney Burke que é uma das responsáveis por transformar eles em híbridos, e também temos o Dr. Alex Sarkov que é o antigo parceiro da Burke, e ele fazia os testes nesses três jovens.

Mesmo ela sendo divertida, e sendo um bom entretenimento, ela também tem uns defeitinhos, porém ela também não é uma bomba igual Residente Evil por exemplo. Eu aposto que vocês vão curtir os 10 episódios dessa sérizinha canadense.

Esse é basicamente o elenco que vemos com frequência, e todos são facilmente relacionáveis, tanto que uma das coisas que mais adorei na série, foi a simpatia do elenco. Todos tem uma química ótima, e os roteiristas faziam questão de sempre dividir eles em grupos, pra termos interações mais profundas sobre cada um deles, e por conta disso a série acerta em cheio em se aprofundar nos personagens. A maioria deles ganha ótimas camadas, que nos fazem entender suas motivações. Tanto que alguns dos personagens ganham umas reviravoltas surpreendentes, e até chocantes.

Por falar em chocantes, a série consegue ser ousada, mas ainda não ser tão chocante quando o assunto é matar personagens. Por que alguns personagens morrem durante o desenrolar da série, principalmente quando começam a aparecer novos híbridos, um deles é imortal, o outro é praticamente indestrutível, um deles quer vingança. Caro também temos uma mega corporação que querem estudar os híbridos.

Todos esses personagens, tem cenas de ação e a série sabe fazer bom proveito do sangue nas horas que são necessárias. Entretanto nem tudo aqui é muito expositivo. Porém a direção da série foi tão bem feita, que soube tronar as cenas que não vemos impactantes e até surpreendentes.

A série também trás um humor seco nos diálogos, e eu gostei de certas piadas. Não é aquela série pra te fazer gargalhar de rir. Eles querer fazer você esboçar um sorriso, e pra mim funcionou perfeitamente. Amei a piadinha com Cobra Kai.

Já sobre a fotografia da série, eles usaram muitas cores, e fizeram a casa da Dr. Burke se tornar o principal cenário da série. Com os ambientes bem limitados, eles conseguiram mais orçamento, pro CGI, e por isso eu digo que os efeitos visuais até que estão aceitáveis na medida do possível. O Chupacabra por exemplo está perfeitamente bem desenhado. Mesmo os movimentos sendo artificias, ainda assim a série soube usar a direção, pra criar as cenas tensas sem exigir muito dos efeitos.

A trilha sonora aqui é bem chiclete e realmente conversa bem com os jovens da atualidade. Sendo que os personagens da série são menos padrões, do que o habitual pra esse tipo de série da Netflix, e isso até me surpreendeu. Fiquei feliz em ver pessoas de diferentes etnias como protagonistas, em vez de brancos padrões.

Essa série não é uma obra-prima, mas só de não ter adolescentes no ensino médio, drogas, putaria, sexo, e tudo que outras séries horríveis da Netflix tem já dá um animo pra ver. A escolha de colocar jovens adultos prontos pra ir pra faculdade foi uma ótima sacada, até me lembrou das séries dos anos 2000.

Enfim essa série mesmo se encaixando em um padrão de séries de jovens. Ela ainda tem uma história básica, mas interessante e muito promissora, tem personagens relacionáveis, pra vocês terem ideia eu gostei até dos vilões da série. Óbvio que ela tem uns erros de continuidade, e tem umas cenas que parecem desnecessárias.

Então se você tá procurando uma boa série de fantasia misturada com ficção científica, que tenha ação, drama e comédia, essa série vai te agradar. O final de temporada deixa uma ponta solta, mas fecha a maioria das pontas abertas no começo.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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