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Critica | Hellboy (2019)

O reboot de Hellboy, é definitivamente dispensável, pois tudo é feito de maneira gore e artificial.

Depois de dois longas de Hellboy de Guillermo del Toro (2004 e 2008) os fãs puderam interagir com uma versão live-action do personagem das HQs, claro os filmes de del Tono não foram perfeitos, porém eles souberam tratar o personagem de uma maneira mais memorável que essa nova adaptação de 2019.

Esse novo filme de Hellboy não é uma sequência e sim uma nova visão do personagem, e posso dizer que essa é uma visão estrábica. David Harbour de “Stranger Things”, assume o papel do demoníaco Hellboy. E ele consegue ser um dos personagens mais chatos da narrativa, ele é recalmão, faz piadas estéricas e clara isso é uma característica do personagem então presumo que Harbour fez um bom trabalho em ser chato. Porem em alguns momentos sua vibe desanimada podem te deixar pra baixo. 

Com uma história de origem, frenética, cheia de lutas, e com uma tentativa de criar uma atmosfera dark, o filme segue com piadas sem graça e muitas nojeiras e sangue em excesso. Dirigido por Neil Marshall (Abismo do Medo), o filme segue o anti-herói, Hellboy em uma jornada entre feras e ogros, onde conhecemos um javali medonho, e de boca suja, chamado Gruagach (Stephen Graham) que está em uma busca pelos pedaços da Rainha de Sangue, Nimue ( Milla Jovovich ), uma feiticeira que foi banida no século VI pelo Rei Arthur e por sua poderosa tabula redonda, com a ajuda da Excalibur ele cortou a vilã e separou todas suas partes pela Inglaterra. A Rainha do Sangue tinha o plano de espalhar pragas pela terra, e quando retorna nos dias atuais continua com esse plano insosso.

A Rainha do Sangue, de Jovovich é uma vilã bem tapada, que se não fosse pela atriz de ‘Resident Evil’ seria um completo desastre, ela a todo momento tenta se recompor de seus anos trancadas em caixas, e agora tem o difícil trabalho de convencer Hellboy a se unir a ela na destruição mundial. Mas Hellboy nunca parece muito tentado a isso – até por que você acaba descobrindo no filme que ele é metade humano e metade demônio e em um pilot twist maluco ele se mostra mais do lado humano que do lado do mal – ou isso, ou a tentação simplesmente não é bem dramatizada, deixando o filme com um buraco onde deveria estar o seu conflito mais fascinante.

Além do protagonista e a vilã, temos a trupe de Hellboy, onde temos a jovem médium – e a mais divertida entre todos – Alice (Sasha Lane), ela se conecta com os mortos, e vomita grotescas representações deles por sua boca e além dela o soldado japonês Ben Daimio (Daniel Dae Kim), que depois de um corte feito por um jaguar que deixou sua cara marcada, agora ele pode se transformar na criatura assustadoramente – fofa / voraz. Todos liderados pelo pai de Hellboy Trevor Bruttenholm (Ian McShane) que mais mete eles em confusão do que tira eles delas. O tom do filme, é inexplicável e você percebe que todas as explicações são mais confusas do que se eles só tentassem focar no próprio Hellboy.

Matheus Amaral

Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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Matheus Amaral

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