Godzilla II: O Rei dos Monstros traz o retorno dos grandes Titãs com efeitos especiais deslumbrantes, e guerras entre monstros que vão tirar o fôlego do público.
Em 2014 tivemos um reboot do primeiro filme de Godzilla, que teve origem em 1998 com o filme de mesmo nome, recontando a história do Godzilla nos dias atuais como uma “força terrível da natureza”. Esse ano, com Godzilla II: O Rei dos Monstros, o Titã retorna para as telas do cinema, ao lado de novos monstros aterrorizantes, em um filme repleto de ótimos efeitos especiais, uma narrativa e roteiro que deixam a desejar, e com um grande elenco de estrelas.
Após os acontecimentos de Godzilla (2014), o segundo filme do Reboot apresenta o surgimento de novos Titãs, incluindo Mothra, Rodan e Ghidorah, que surgem para travar uma batalha de poder entre os humanos. Enquanto os integrantes da agência Monarch buscam uma aliança com os Titãs a fim de garantir o equilíbrio da Terra, os humanos acabam fazendo parte de uma grande batalha por poder protagonizada. Paralelamente a isso, assistimos alguns personagens tendo que lidar com as mortes que aconteceram no filme de 2014.
O filme não traz nenhuma novidade para o seu gênero, Godzilla II possui uma narrativa bem redonda, e habitual em filmes de ficção cientifica. Já o roteiro também não é seu ponto forte, os personagens não tem um bom desenvolvimento, e apresentam motivações comuns que vão fazer o público, aqueles que possuem alguma bagagem de filme ficcional, revirar os olhos no cinema. Além das motivações, o filme não consegue fugir do comum mais uma vez, focando em um objeto importante, que é a solução para o problema da trama.
O ponto forte de Godzilla II está nos efeitos especiais, que mostram fascinantes guerras entre Titãs. Diferente do desagradável episódio da grande guerra de Game of Thrones na última temporada, o filme consegue apresentar lutas nítidas, que apesar de serem à noite, ou no mar, possuem uma ótima iluminação, que não deixam o telespectador perdido e confuso. O design de som é outro ponto positivo do filme, fazendo o público mergulhar nas tensas lutas entre os monstros. O CGI dos Titãs está perfeito, a textura deles está bem feita, a sequência também traz uma diversidade bem interessante em relação à forma e ao visual dos monstros, além de alguns enquadramentos que mostram o tamanho dos bichos em relação aos humanos e aos prédios da cidade.
Godzilla II: O Rei dos Monstros tem um elenco de ponta, como Kyle Chandler, Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Sally Hawkins, Charles Dance, e entre outras estrelas. Kyle Chandler, de Bloodline, é o único personagem que tem um bom desenvolvimento na trama, é inteligente, e sabe ponderar suas ações quando recebe alguma informação nova. Uma das minhas atrizes preferidas, Vera Farmiga, de Invocação do Mal e Bates Motel, foi pouco aproveitada no filme, a personagem possui uma motivação óbvia e comum, em que quer salvar o mundo, de forma negativa. A estrela “mirim” de Stranger Things, Millie Bobby Brown, é quase desnecessária para o filme, servindo apenas para expor algumas situações e causar empatia no público. Ken Watanabe, Zhang Ziyi, Bradley Whitford e Sally Hawkins retornam para a sequência, com o objetivo de expor detalhes técnicos para o público. Por fim, Charles Dance está no filme para fazer o papel de vilão, já que as motivações de Farmiga foram impulsionadas por trágicos acontecimentos, ela foge um pouco dos aspectos de vilã.
Godzilla II: O Rei dos Monstros vai conquistar aqueles que são fãs da história, e para quem não é fã, o filme faz seu papel de entreter. Com algumas ressalvas negativas, o longa de ficção segue o padrão do gênero, trazendo guerras entre Titãs com efeitos especiais que vão deixar o público tenso. Godzilla II não chama a atenção em relação ao roteiro e a narrativa, além de não saber aproveitar o elenco de estrelas. Enfim, o filme cumpre seu papel, pois, quem vai assistir Godzilla não vai procurando uma história elaborada, e sim um filme com aflições e grandes monstros lutando.
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