A cada nova produção a Blumhouse tá ousando, mais e mais. Five Nights At Freddy é um exemplo disso, já que a história do filme é baseada no jogo de mesmo nome que fez sucesso com adolescentes e marcou muitos gamers ao longo dos anos.
Adaptar um game pras telas não é uma tarefa fácil e na entrevista que fiz com o Jason Blum e a diretora Emma Tammi, os dois falaram sobre como foi a experiencia de trazer o jogo pras telas, e no vídeo de hoje trago outra pergunta dessa entrevista referente aos animatronicos.
Será que a Emma conseguiu tirar suco de pedra e fazer um bom trabalho nesse filme? Será que o filme vai agradar os fãs mais fervorosos dessa franquia? E será que ele vai agradar o público que não conhece a história dos jogos?
Antes de ver o primeiro trailer de FNAF, eu nunca tinha ouvido falar sobre o jogo. Mas depois de pesquisar um pouco eu descobri sobre o que a história falava, e quando recebi a oportunidade de entrevistar o elenco eu vai algumas game plays e entendi o por que essa franquia tem tantos fãs. Os jogos parecem bem divertidos de serem jogados. A jogabilidade parece algo que entretém o jogar e ao mesmo tempo deixa o público alvo com um certo medinho dos animatronicos possuídos.
Então fiquei empolgado pra ver o filme, pra entender como a diretora e os roteiristas conseguiriam adaptar pras telonas essa história tão maluca, e pelo que eu entendi eles tomaram algumas liberdades criativas.
Na trama conhecemos o Mike (JOSH HUTCHERSON), um jovem problemático que cuida de sua irmã de 10 anos, Abby (PIPER RUBIO). Ele é constantemente assombrado pelo desaparecimento não resolvido de seu irmão mais novo, que sumiu a mais de uma década. O Mike foi recentemente demitido do seu trabalho de segurança do shopping por cometer uma gafe. Dai acabou que o Mike tava desesperado por um trabalho pra poder manter a custódia da Abby, já que sua tia maluca queria ficar com ela.
Eis que estão o Mike concorda em assumir o cargo de segurança noturno em um restaurante temático abandonado: Freddy Fazbear’s Pizzeria. Porém o trabalho de guarda noturno não sai como o esperado, já que da meia-noite ás 6h da manhã, os animatronicos, Freddy, Bonnie, Chica e Foxy começam a zanzar pela restaurante a procura de vitimas desavisadas. Mas ainda bem que a policial, Vanessa Shelly (ELIZABETH LAIL), avisa o Mike sobre os animatronicos possuídos por criancinhas maléficas, e ele fica ligeiro.
Então deu pra notar que a premissa do filme é meio maluca, meio desconcertante e meio fora da caixinha. Entretanto é essa maluca premissa que deixa os fãs dessa franquia tão sedentos por respostas. Já conversei com alguns fãs da saga, e alguns me disseram que o mistério sobre o que está havendo na pizarria é uma das coisas mais legais que eles ficaram teorizando por anos até receberem uma resposta concreta, porém ainda muitas coisas ficaram sem respostas até o lançamento dos outros jogos da franquia.
E pensando por esse lado, eu fico imaginando que o filme quis criar a mesma maluquice dos jogos nas telas. Até por que a trama tem um lado humano, e tem um lado sobrenatural. Ela fica num meio termo surreal que vai deixar os expectadores mais leigos no assunto meio perdidos. Tanto que eu acho que quem nunca jogou vai ficar meio perdido vendo o filme, e talvez não aproveite 100% da maluquice que ele proporciona.
Quando forem assistir, notem que o filme introduz muita sub tramas ao mesmo tempo. Todas parecem desconexas uma da outras, mesmo que algumas se interliguem no final. Por exemplo, uma hora você tá vendo a tia maluca do Mike querendo pegar a custódia da irmã dele, outra hora você tá vendo o Mike tendo pesadelos com o sequestro do seu irmão mais novo o Garrett (LUCAS GRANT).
Outra hora você vê nesse mesmo pesadelo crianças aparecendo aleatoriamente e essas crianças representam os animatronicas, porem voce nunca entende o conceito isso, e o filme nem tenta explicar, eles simplesmente só focam em mostrar os animatronicas atando algum.
Mas você também não vê essas mortes, já que o filme é pra 14 anos e ele tem uma limitação nas cenas. Então a diretora EMMA TAMMI teve que tirar leite de pedra aqui, e as cenas de mortes não tem sangue, e tem cortes bruscos que ficam subjetivos pra você imaginar. Só temos aqui uns jumpscares que dificilmente funcionam bem.
Um ou outro foram bons, como aquela cena do Mike tendo que se esconder do Freddy enquanto todos os animatronicos estão no palco, de resto as cenas foram mais engraçadas do que assustadoras. Entretanto, uma coisa é certa, no caso os animatronicos estão fantásticos. O design de produção que projetou eles arrasou muito. Como eu sempre digo, eu admito efeitos práticos, e aqui o departamente de arte fez um trabalho fenomenal que merece meus elogios. Todos os trajes dos animatronicos eram assustadoramente bem feitos.
Porém eu fico pensativo pra saber como o criador dos jogos, o Scott Cawthon, aprovou esse filme, tipo o filme não é tão ruim. Porém podia ser melhor, e com o criador envolvido, eu achei que sairia algo mais bem amarrado. Entretanto senti que as vezes a trama se enrolava em sí mesma, e tinha um emaranhado de coisa sem sentido acontecendo.
Sinto que o filme acertou mais nas partes visuais do que no próprio roteiro. Tanto que o design da pizzaria tava ótimo. Me deu uma nostalgia enorme da época que ia em restaurantes temáticos, e que os McDonalds eram enfeitados, e menos minimalistas.
Sendo que os fãs também devem curtir as cenas do filme foram filmadas em primeira pessoas, passado uma sensação de que você tá jogando num vídeo game. Porém a aceitação do público geral não sei se será uma das melhores. Mas uma coisa é certa, o elenco estava ótimo vivendo seus personagens, e tivemos até o Matthew Lillard aqui, nosso Stu de pânico. Eu adoro esse cara, e mesmo que o papel dele seja curtinho, ainda assim ele brilhou nos momentos que apareceu.
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