Lembram da série Good Girls, que mostra 3 amigas se metendo em uma grande furada com um traficante. Então Família em Primeiro Lugar mostra quatro mulheres da mesma família se metendo em uma furada com um traficante.
Na trama dessa série acompanhamos a Fera uma jornalista que recebe a visita da policia em uma noite, e eles tão procurando seu irmão Selim, que fugiu de uma batida policial. A Fara não sabe no que seu irmão se meteu, mas ela sabe que se a policia tá envolvida não é coisa boa, e pra ajudar ele, ela, as irmãs e a sobrinha elaboram um plano pra queimar a van do irmão pra eliminar as provas. Só que sem saber elas na verdade pioraram todo o problema, já que elas não sabiam que o irmão transportava drogas naquela van, e o traficante dessas drogas quer a mercadoria dele de volta. Essa mercadoria foi toda queimada junto com a van.
Agora essas mulheres tão estão ferradas em uma grande conspiração. Durante os episódios nós acompanhamos o drama delas e sua luta pra sobreviver ao impiedoso traficante Oumar Diawaram, que na frente dos outros é todo bonzinho, mas na encolha é um filho da puta maldoso.
Em contra ponto a essa história central envolvendo os traficantes. Também entendemos os dilemas dessa família, que é muçulmana e o debate cultura sempre entra em pauta aqui. Só de uma maneira bem positiva, e vemos como é difícil pra todos eles sobreviver naquele ambiente francês que oprime sua família.
Cada uma das protagonistas é super diferente uma da outra. Mas todas se tornam iguais quando o assunto é proteger a família a qualquer custo, e é divertido acompanhar a vídas conturbadas dessas 4 personagens. Sendo que além disso a série também trás um bom debate sobre como os telejornais manipulam histórias pra aumentar a audiência e criam situações que não existem… cof cof cidade alerta. Também vemos como a corrupção na força policial é algo recorrente. O roteiro da série é tão acida e sinuoso, que cutuca os dois lados da moeda, tanto o lado dos traficantes não serem só monstros, como também o lado da policia não ser só bonzinho.
Ainda com muitos pontos positivos a narrativa da série não escapa de uma escorregada, e traz uma abordagem muito desconexa sobre as mídia social, que ganha força no enredo da filha de uma das protagonistas. Vemos como a nova geração é alienada nas redes sociais e como isso gera influência nas decisões dos jovens. Isso poderia ganhar mais força na história mas se torna só um sub enredo fraco.
A Fera começa a série como uma repórter que queria ser ancora de um jornal francês. Mas ela acaba não sendo escolhida, e expõe que esse tal jornal só fazia fake News, e quase foi demitida por conta disso. Porém ela é confiante, inteligente, tem muita determinação e astucia, e consegue o cargo de ancora e usa esse cargo pra tentar fazer a diferença no telejornal. Eu gostei muito dessa atriz, já que ela sustenta a narrativa, e até os momentos mais fracos ganham força por conta dela.
Mas no geral o ponto que eu preciso chegar, é que as relações e laços familiares são o grande ponto forte da série. Isso torna algumas situações dessa família bem engraçadas. Também impulsivas, criando personagens carismáticas que você simpatiza. A série tenta contornar os estereótipos femininos, e cria personagens fortes, que tornam toda a breve aventura dessa série um bom entretenimento pra esse final de semana.
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